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Ibovespa recupera 0,99%, mas termina semana com perdas de 2,57%

8 fev 2019 - 18h57

Em meio a muitas idas e vindas, o Índice Bovespa conseguiu recuperar parte das perdas dos últimos dias e fechou nesta sexta-feira, 8, com ganho de 0,99%, aos 95.343,10 pontos. A semana que parecia promissora, com o índice aparentemente caminhando para os 100 mil pontos, sucumbiu diante de notícias negativas no Brasil e no exterior. Com isso, encerrou o período com perda acumulada de 2,57%.

No exterior, retornaram aos mercados os temores de guerra comercial entre Estados Unidos e China e de desaceleração da economia global, justificados por indicadores econômicos fracos na Europa. No Brasil, o maior ceticismo com a reforma da Previdência, somado a preocupações com a saúde do presidente Jair Bolsonaro, contribuiu para as ordens de venda. Além disso, a Vale teve novas notícias negativas relacionadas às suas barragens, o que levou o papel a amargar perdas de 6,68% na semana.

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Vale, aliás, foi o principal destaque desta sexta-feira. O papel subiu 3,77% no dia, numa arrancada brusca no período da tarde, atribuída a um movimento essencialmente técnico, segundo operadores.

"O viés de alta da bolsa continua, o caminho é esse. Não fossem os problemas da Vale, o índice poderia ter batido os 100 mil pontos na semana passada. Mas o noticiário desta semana também não ajudou, com o presidente dos Estados Unidos trazendo novas incertezas quanto às relações comerciais com a China e a saúde do presidente brasileiro favorecendo especulações", disse Pedro Galdi, analista da corretora Mirae. Embora o cenário se apresente mais adverso, Galdi não descarta a chegada aos 100 mil pontos ainda em fevereiro.

Galdi e outros profissionais do mercado afirmam que o Ibovespa passa por um momento de falta de referências para oscilar, dadas as incerteza e a expectativa por definições. A principal delas está na reforma da Previdência, não apenas no teor, que depende de avaliação e decisão final de Bolsonaro, como também do prazo de tramitação, que tem sido alvo das mais diversas avaliações. À tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que trabalha com a expectativa de que a Casa aprove a reforma até junho.

Ao final do dia, a alta do Ibovespa foi atribuída a uma combinação de fatores. O principal, segundo operadores, foi a recuperação natural das perdas recentes. A alta da ação da Vale também contribuiu. A notícia de que o presidente Jair Bolsonaro reagiu satisfatoriamente ao tratamento com antibióticos no combate à pneumonia foi outro fator positivo, por melhorar as perspectivas de alta hospitalar e o retorno do presidente à rotina - leia-se reforma da Previdência. Por fim, uma melhora das bolsas de Nova York, mesmo que ainda em baixa, também favoreceu a recuperação.

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