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Ibovespa ganha fôlego no ajuste e fecha no azul, em nova máxima histórica

3 jan 2019 - 18h12
(atualizado às 18h45)

A bolsa paulista ganhou fôlego no ajuste e fechou em alta nesta quinta-feira, com o Ibovespa renovando máximas recordes após trocar de sinal algumas vezes durante o pregão, conforme permanecem no mercado as expectativas positivas para a economia brasileira com a mudança de governo no país.

Gráfico do Ibovespa em 3 de janeiro de 2019. 03/01/2019. REUTERS/Paula Arend Laier.
Gráfico do Ibovespa em 3 de janeiro de 2019. 03/01/2019. REUTERS/Paula Arend Laier.
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa ganhou um fôlego no ajuste e subiu 0,61 por cento, para 91.564,25 pontos, renovando recorde para o fechamento. O volume financeiro foi elevado e somou 20,186 bilhões de reais.

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No melhor momento, subiu 0,64 por cento, a 91.596,28 pontos, novo recorde intradia, após ter fechado a 91.012,316 na véspera, então máxima de fechamento da história do índice. Na mínima da sessão, caiu 1,2 por cento, perdendo o patamar de 90 mil pontos, pressionado particularmente pela queda das ações da Vale.

De acordo com profissionais da área de renda variável, o declínio das bolsas no exterior, em particular nos pregões em Nova York, após alerta da Apple sobre vendas, respaldou alguma realização de lucros

A Apple cortou previsão trimestral de vendas na noite de quarta-feira e o presidente-executivo da companhia, Tim Cook, afirmou que a nova estimativa deve-se a uma desaceleração de vendas do iPhone na China.

A pauta de perfil liberal da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro, contudo, mantém agentes de mercados confiantes na melhora da economia brasileira, com reflexo nos resultados de empresas.

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"A implementação de uma agenda liberal tal como sinalizada nos discursos reforça nossa visão positiva para a bolsa, cujos patamares atuais de múltiplos...ainda não anteveem uma expansão acelerada de lucros com base em um crescimento longo e sustentável da economia", disse a XP Investimentos a clientes.

Análises de mercado citam desde o ano passado a bolsa como o melhor ativo para se alocar em Brasil neste momento. "Quem não tem bolsa é ruim da cabeça ou doente do pé", disse o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez DTVM, citando trecho da música "Samba da minha terra", de Dorival Caymmi.

DESTAQUES

- SABESP subiu 7,71 por cento, a 37,02 reais, ainda apoiada em comentários do novo governo do Estado de São Paulo na véspera, que citou avaliação de possibilidade de privatização da companhia estadual de água e saneamento. O papel atingiu máxima intradia histórica a 39,08 reais.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB avançaram cerca de 6 por cento cada, ainda embaladas pela sinalização do ministro de Minas e Energia, de que pretende levar adiante a capitalização da elétrica de controle estatal, bem como pela manutenção do presidente-executivo da companhia, Wilson Ferreira Jr.

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- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON valorizavam-se 2,45 e 2,06 por cento, respectivamente, respaldadas pela alta dos preços do petróleo no mercado externo, em sessão com posse do novo presidente da petrolífera de controle estatal, Roberto Castello Branco.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 1,65 por cento, renovando cotação recorde, assim como BRADESCO PN, que subiu 1,02 por cento, chancelando o fechamento positivo. A última prévia do Ibovespa que irá vigorar a partir de segunda-feira mostrou aumento de peso de ambos.

- SUZANO recuou 4,27 por cento, tendo como pano de fundo o declínio de mais de 1 por cento do dólar frente ao real. No final da quarta-feira, a fabricante de papel e celulose anunciou um pequeno ajuste na relação de troca das ações no âmbito da fusão com a Fibria, anunciada no ano passado.

- VALE caiu 4,09 por cento, alinhada ao declínio de mineradoras na Europa, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China, em meio a preocupações sobre o ritmo da economia chinesa. A acionista Bradespar também divulgou na véspera venda adicional de ações da mineradora.

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