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Ibovespa fecha no azul após pregão com menor liquidez sem NY

22 nov 2018 - 18h13
(atualizado às 18h55)

O Ibovespa fechou no azul nesta quinta-feira, em pregão de baixa liquidez pela ausência de negócios em Wall St dado o feriado nos EUA, com a ação do Banco do Brasil atingindo máxima histórica em meio a notícias sobre a escolha do presidente do banco de controle estatal para o próximo governo.

Operador monitora painel de cotações da bolsa paulista. 10/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker.
Operador monitora painel de cotações da bolsa paulista. 10/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker.
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,24 por cento, a 87.477,44 pontos, a primeira alta nesta semana. O volume financeiro somou 6,87 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do mês de 15,7 bilhões de reais.

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Nos dois pregões anteriores, o Ibovespa acumulou queda de 1,4 por cento, sendo pressionado principalmente pela queda das bolsas de Nova York, afetadas pelo declínio de papéis do setor de tecnologia e apreensões sobre o crescimento global.

Nesta quinta-feira, o mercado norte-americano esteve fechado em razão do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Na sexta-feira, Wall Street fecha mais cedo.

Na visão do gestor Frederico Mesnik, sócio-fundador da Trígono Capital, sem NY, houve espaço para os papéis brasileiros reagirem a fundamentos e a temporada recente de resultados trouxe sinais positivos sobre as companhias do país.

"As fortes perdas de NY no começo da semana contaminaram todo mundo. E os fundamentos só aparecem quando a poeira baixa", afirmou.

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O analista Filipe Villegas, da corretora Genial, endossou a premissa, afirmando que em sessões como esta o foco tende a ficar voltado para o noticiário corporativo, com ações além das blue chips também se sobressaindo.

"A semana foi atípica, com feriado no Brasil na terça-feira e nos EUA nesta quinta-feira. O mercado brasileiro só deve retornar à sua normalidade na próxima semana", acrescentou.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL subiu 1,86 por cento, a 44,45 reais, máxima de fechamento recorde, após notícias de que o economista Rubem Novaes comandará o banco de controle estatal no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na máxima da sessão, os papéis subiram a 44,87 reais. Analistas do Itaú BBA disseram que o novo CEO será desafiado a ampliar o reforço contínuo da base de capital do BB, suas melhorias na qualidade dos ativos e o crescimento da carteira de crédito.

- BRF fechou em alta de 6,38 por cento, maior avanço do Ibovespa, com os papéis da companhia de alimentos engatando o segundo pregão seguido de recuperação e voltando a ficar com desempenho positivo no mês. No ano, porém, as ações ainda acumulam declínio de quase 40 por cento. No radar, está a notícia da segunda-feira de que o México habilitou 26 novos estabelecimentos do Brasil para embarques ao país de carne de aves, basicamente de frango, com BRF entre eles.

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- CEMIG PN avançou 5,44 por cento, tendo novamente como pano de fundo expectativas relacionadas à privatização da elétrica mineira.

- PETROBRAS PN subiu 0,28 por cento, apesar do fechamento negativo dos preços do petróleo no exterior. Uma fonte de alto escalão da área econômica da transição afirmou nesta quinta-feira que o regime do pré-sal seria modificado e que havia dentro da equipe preferência pelo regime de concessão no lugar do de partilha. O economista Roberto Castello Branco, indicado para a presidência da Petrobras, contudo, disse que ainda não há uma decisão sobre o tema. PETROBRAS ON ganhou 0,15 por cento.

- VALE recuou 0,9 por cento, pesando no Ibovespa, em linha com o declínio de outras mineradoras na Europa.

- ITAÚ UNIBANCO PN encerrou com decréscimo de 0,23 por cento e BRADESCO PN subiu 0,41 por cento.

- VIA VAREJO UNIT recuou 1,67 por cento, em sessão sem tendência única para o setor de varejo, em véspera de Black Friday, com B2W subindo 3,29 por cento e MAGAZINE LUIZA encerrando com acréscimo de 3,07 por cento.

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