Ibovespa fecha em leve alta; investidor aguarda evolução em agenda do governo

16 jan 2019 - 18h45

O Ibovespa fechou esta quarta-feira com leve alta no fim de uma sessão de oscilação moderada, com a ausência de novidades no cenário doméstico limitando ganhos, enquanto expectativas positivas para ações do novo governo evitaram uma correção.

People walk past an electronic board showing the graph of the recent fluctuations of market indices at the floor of Brazil's BM&F Bovespa Stock Market in downtown Sao Paulo, Brazil, May 9, 2016. REUTERS/Paulo Whitaker - S1BETDCAJLAA
People walk past an electronic board showing the graph of the recent fluctuations of market indices at the floor of Brazil's BM&F Bovespa Stock Market in downtown Sao Paulo, Brazil, May 9, 2016. REUTERS/Paulo Whitaker - S1BETDCAJLAA
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa teve valorização de 0,36 por cento, a 94.393,07 pontos, após oscilar entre 93.686,83 e 94.393,07 pontos.

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O giro financeiro do pregão somou 20,15 bilhões de reais, em dia marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

O indicador acumula em 2019 alta de 7,4 por cento, apoiado em particular na expectativa pela reforma da Previdência no país e no discurso moderado do Federal Reserve para juros nos EUA.

Para o gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital, a bolsa apresentou uma performance mais forte que o esperado nessas duas primeiras semanas do ano.

"Sem dúvida a expectativa era de um ano positivo para ações brasileiras, tendo em vista o estágio do ciclo de recuperação econômica, valuations atrativos e boas perspectivas de evolução na agenda de reformas do governo", destacou.

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"A velocidade e a magnitude com que este cenário está sendo precificado é que assusta pouco. Assim, é natural vermos esses momentos de consolidação e movimentos laterais na bolsa depois de uma reprecificação tão forte", acrescentou.

Na segunda-feira, o Ibovespa registrou máxima histórica de fechamento de 94.474,31 pontos. No dia seguinte, superou 94.500 pontos durante o pregão, novo recorde intradia, mas fechou pouco acima dos 94 mil pontos. Em 2019, o índice bateu sete vezes nova máxima de fechamento.

"Não acho que o movimento tenha se encerrado, mas novos ciclos de alta demandam a evolução e execução da agenda do governo e/ou evidências mais fortes da recuperação econômica", acrescentou Lima, da Galt.

No exterior, Wall Street trabalhava no território positivo, em meio a resultados animadores do Goldman Sachs e do Bank of America, enquanto o Livo Bege do Fed mostrou um quadro saudável para a economia norte-americana.

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Desdobramentos da rejeição na véspera pelo Parlamento do Reino Unido do acordo do Brexit negociado pela primeira-ministra também estiveram no radar. Nesta sessão, contudo, Theresa May derrotou um voto de desconfiança contra seu governo.

DESTAQUES

- SUZANO subiu 4,4 por cento, ampliando o ganho em 2019 para quase 16 por cento, conforme analistas veem a fabricante de papel e celulose voltando focar totalmente na estratégia operacional após concluir a incorporação da Fibria, que criou a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo.

- COSAN subiu 4,9 por cento, tendo de pano de fundo relatório do Morgan Stanley elevando recomendação da holding Cosan Limited para 'overweight'.

- VALE subiu 0,57 por cento, em movimento alinhado à trajetória de ações de mineradoras na Europa

- EMBRAER caiu 1,19 por cento, após reduzir projeções de desempenho para 2018, pressionada por queda nas entregas de jatos executivos. A empresa estimou que sua margem de lucro antes de juros e impostos vai sair de próximo de zero neste ano para 2 a 5 por cento em 2020.

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- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,29 por cento, enquanto BRADESCO PN subiu 0,48 por cento. SANTANDER BRASIL caiu 0,64 por cento e BANCO DO BRASIL ON caiu 0,95 por cento.

- PETROBRAS PN recuou 0,04 por cento, mas PETROBRAS ON subiu 0,81 por cento, conforme os preços do petróleo no exterior melhoraram.

- TAURUS PN despencou 21,24 por cento, ampliando a perda da véspera, após decreto que flexibiliza as regras para posse de armas no país, mas com o governo dizendo que estuda abertura do mercado de fabricação de armas a estrangeiros. Controladores venderam ações na terça-feira.

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