Ibovespa avança, mas declarações de Trump minimizam ganhos, Cielo dispara

1 ago 2019 - 17h08
(atualizado às 17h41)

O principal índice da bolsa paulista fechou no azul nesta quinta-feira, chegando a subir mais de 2% mais cedo, impulsionado pelo corte na taxa básica de juros do país, mas mitigando os ganhos após tuítes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas à China.

Bolsa de Valores de São Paulo 
25/07/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Bolsa de Valores de São Paulo 25/07/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O Ibovespa subiu 0,31%, a 102.125,94 pontos, com destaque para salto de mais de 15 por cento da ação da Cielo no final da sessão em meio a notícia sobre eventual estudo do Banco do Brasil para vender sua participação na empresa de meios de pagamento. O volume financeiro saltou para cerca de 25,97 bilhões de reais.

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O Ibovespa chegou a tocar o patamar dos 104 mil pontos na sessão desta quarta-feira, repercutindo a decisão do Banco Central de cortar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual e a indicação de que o processo de afrouxamento poderá continuar.

A alta foi amenizada após o presidente dos EUA, Donald Trump, dizer no Twitter que irá impor uma tarifa adicional de 10% sobre 300 bilhões de dólares restantes em importações chinesas a partir de 1º de setembro, elevando as preocupações com o aumento de tensões na guerra comercial iniciada por Washington contra Pequim.

"No curto prazo, a leitura é de aumento na volatilidade e nas tensões globais, com risco de desaceleração do crescimento", afirmou a XP Investimentos em comunicado. A casa, porém, destacou que tal desaceleração pode resultar em um novo corte de juros nos EUA, sustentando mercados emergentes.

Em Wall Street, as declarações de Trump anularam as altas dos índices. O S&P 500 recuou 0,9% a 2.953 pontos.

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A B3 também divulgou nesta quinta-feira a primeira prévia para o Ibovespa que irá vigorar no último quadrimestre do ano, com a entrada das ações da operadora de saúde Notre Dame Intermédica Participações. Ainda serão publicadas outras duas preliminares para a carteira do índice.

DESTAQUES

- CIELO ON disparou 15,33%, para 8,35 reais, nos minutos finais da sessão, fechando como maior alta do dia. Segundo a Broadcast, o Banco do Brasil estuda vender sua participação de 28,65% na empresa. O Bradesco, que possui uma fatia de 30,06%, teria preferência na compra.

- ELETROBRAS ON avançou 6,9%, para 42,11 reais, definindo nova máxima histórica, após o presidente da companhia de energia elétrica, Wilson Ferreira Jr, ser convidado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para encontro para discutir privatização com o presidente Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

- GOL avançou 6,9%, atingindo nível mais alto em mais de uma década, a 43,79 reais, após divulgar forte crescimento de receita no segundo trimestre, bem como melhorar previsão de lucro para o ano e anunciar programa de recompra de ações. O movimento também foi beneficiado por forte queda nos preços do petróleo. No setor, AZUL PN subiu 4,54%.

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- VIA VAREJO e MAGAZINE LUIZA valorizaram-se 6,2% e 4,85%, respectivamente, em meio a expectativas de melhora no consumo, tanto via estímulos com a liberação de saques do FGTS como menor custo do dinheiro.

- JBS teve valorização de 4,8%, tendo de pano de fundo resultado de sua subsidiária Pilgrim's Pride, nos Estados Unidos, que divulgou balanço trimestral melhor do que o esperado na noite de quarta-feira.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,23%, amenizando as perdas recentes. BRADESCO PN recuou 0,9%.

- VALE perdeu 2,8%, após divulgar na véspera segundo prejuízo líquido trimestral seguido e aquém do esperado no mercado, com perdas de 133 milhões de dólares no segundo trimestre, devido aos impactos relacionados ao rompimento de uma de suas barragens em Brumadinho (MG).

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 1,8% e 1,5%, em linha com o forte declínio dos preços do petróleo no exterior. A empresa divulgará seu balanço trimestral após o fechamento do mercado nesta quinta-feira.

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