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Ibovespa anula ganhos da manhã e fecha estável

3 jun 2019 - 18h22

O Índice Bovespa ensaiou manter-se descolado do mau humor no mercado internacional, mas não teve fôlego para sustentar o viés positivo até o final do pregão desta segunda-feira, 3. Depois de ter subido até 0,75%, na contramão das quedas das bolsas de Nova York, o principal índice de ações brasileiro fechou estável, aos 97.020,48 pontos (-0,01%). Operadores atribuíram boa parte da perda de força a movimentos pontuais de realização de lucros recentes, uma vez que o Ibovespa subiu 3,63% na semana passada.

Além das quedas em Nova York, também houve contribuição negativa das ações de empresas exportadoras, alinhadas ao câmbio, e dos papéis das empresas de proteína, em resposta à suspensão preventiva de exportação de carne bovina para a China. Por outro lado, as ações da Petrobras mantiveram-se em alta mesmo com a depreciação dos preços do petróleo, apoiadas na expectativa de avanço do plano de desinvestimento da estatal.

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Para Victor Beyruti, da área de análise da Guide Investimentos, são três as principais expectativas do investidor da bolsa nos próximos dias: votação da MP 871, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o aval do Congresso para privatizações e apresentação do relatório da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara.

O Senado iniciou por volta das 17h a sessão deliberativa para votar a MP 871, que faz um pente-fino em benefícios previdenciários e assistenciais, conhecida como MP Antifraude do INSS. A medida perde validade se não for aprovada nesta segunda.

Para Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora, a principal expectativa do mercado segue focada na reforma da Previdência, embora os pregões possam ser influenciados por notícias corporativas ou de natureza macroeconômica. A mudança de tom de Executivo e Legislativo, que se mostram mais afinados na busca pela aprovação das reformas, segundo ele, ainda anima os investidores.

"O tom otimista em torno da reforma da Previdência foi mantido, mas a falta de fatos concretos sobre o assunto manteve o investidor em clima de expectativa", disse o profissional, justificando o desempenho fraco do mercado neste primeiro pregão de junho.

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As ações da Petrobras foram o principal destaque do dia, com ganhos de 2,20% (ON) e 1,72% (PN), mesmo com o petróleo em baixa nos futuros de Nova York e Londres. A alta foi impulsionada pela notícia de que a estatal apresentou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) proposta para vender refinarias que representam metade da capacidade de refino da companhia.

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