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Ibovespa acentua queda com temores sobre economia global e impasse China-EUA

22 jan 2019 - 17h14
(atualizado às 19h47)

O mercado acionário brasileiro seguia em território negativo nesta terça-feira, acentuando o ritmo de perdas em dia de aversão ao risco no exterior, em meio a renovadas preocupações sobre o crescimento da economia global e o impasse comercial entre Estados Unidos e China.

 REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo
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Foto: Reuters

Às 16:54, o Ibovespa caía 1,2 por cento, a 94.860,66 pontos. O giro financeiro somava 10,69 bilhões de reais. No pior momento do dia, o indicador chegou a cair 1,4 por cento, cotado a 94.661,91 pontos.

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Na véspera, o índice fechou em baixa, com realizações de lucros em pregão marcado pelo vencimento de contratos de opções sobre ações e sem a referência de Wall Street, que esteve fechado por feriado do Dia de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos.

Em 2019, contudo, o índice ainda acumula valorização de cerca de 7,85 por cento, após altas de aproximadamente 39 por cento em 2016, 27 por cento em 2017 e 15 por cento em 2018.

Pela manhã, as perdas do Ibovespa foram limitadas por expectativas envolvendo o discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. No pronunciamento, que durou cerca de seis minutos, o presidente voltou a falar sobre interesse do governo em fazer as reformas necessárias ao Brasil, mas não entrou em detalhes.

Operadores de renda variável consultados pela Reuters ressaltaram que a bolsa paulista acompanha o desempenho dos mercados internacionais, onde temores sobre a expansão da economia global voltaram a ganhar força depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou em 0,2 ponto percentual a previsão do crescimento global em 2019, para 3,5 por cento.

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Preocupações sobre o impasse comercial entre Pequim e Washington também endossavam a aversão ao risco nesta terça-feira, após reportagem do Financial Times, citando fontes, de que os Estados Unidos recusaram oferta da China para diálogo preparatório sobre comércio.

Em Wall Street, S&P 500 cedia 1,7 por cento, enquanto Dow Jones recuava em torno de 1,5 por cento.

DESTAQUES

- BRF recuava 4,25 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa, após cair mais de 5 por cento na mínima, tendo no radar a notícia de que a Arábia Saudita desabilitou exportadores de carne de frango do Brasil, incluindo unidades da empresa e da JBS, que zerou os ganhos da manhã e caía 0,95 por cento.

- B2W caía 1,91 por cento e sua controladora LOJAS AMERICANAS PN cedia 2,75 por cento, esticando as perdas da véspera desencadeadas pelo lançamento da plataforma de venda direta da gigante norte-americana Amazon.com no Brasil. Ainda no setor, MAGAZINE LUIZA perdia 2,59 por cento e VIA VAREJO avançava 2,5 por cento.

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- PETROBRAS PN tinha baixa de 1,2 por cento, e PETROBRAS ON desvalorizava-se 1,4 por cento, em sessão negativa para os preços internacionais do petróleo e com as atenções ainda voltadas às articulações envolvendo a tão aguardada revisão do contrato da cessão onerosa.

- VALE cedia 0,9 por cento, espelhando o recuo dos contratos futuros do minério de ferro na China em meio a sinais de que o processo de reabastecimento das siderúrgicas está em fase de conclusão.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,7 por cento e BRADESCO PN recuava 0,8 por cento, reforçando o viés de baixa do Ibovespa, dado o peso desses dois papéis em sua composição. SANTANDER UNIT cedia 0,5 por cento e BANCO DO BRASIL anulou os ganhos observados mais cedo e caía 0,19 por cento.

- CARREFOUR perdia 2,4 por cento, após o grupo varejista divulgar vendas consolidadas de 15,8 bilhões de reais no quarto trimestre, um avanço de 10,2 por cento sobre o mesmo intervalo de 2017. Analistas consideraram os números positivos, mas destacaram que o crescimento é menos acelerado que o do rival Grupo Pão de Açúcar, que caía 0,9 por cento.

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- BRASKEM PNA subia 3 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, em recuperação após quedas recentes, com as atenções ainda voltadas às movimentações da holandesa LyondellBasell Industries para compra da petroquímica brasileira. Na máxima do dia, chegou a avançar 7,35 por cento.

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