Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou que o horário de verão não será retomado em 2025, destacando que o Brasil tem segurança energética e que a suspensão desde 2019 se baseia na falta de eficácia da medida.
Após um apagão atingir todos os Estados e o Distrito Federal no início da madrugada de terça-feira, 14, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o País "está em condições de segurança energética" e voltou a descartar retomada neste ano do horário de verão.
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"Não é falta de energia, é problema na infraestrutura que transmite energia. Hoje nós temos muita energia", disse, em entrevista ao CanalGov. Segundo Silveira, a falha foi provocada por conta de um incêndio em subestação no Paraná.
Recentemente, algumas publicações feitas em redes sociais inventaram o retorno da medida a partir de novembro, o que foi negado pelo governo federal.
Suspenso em 2019 por um decreto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o horário de verão é uma medida que adianta os relógios em uma hora durante os meses mais quentes do ano, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica e aproveitar a luz do dia. Naquele ano, a decisão de acabar com a prática foi embasada em estudos que indicaram que a iniciativa não produzia mais os resultados esperados para a redução do consumo de energia.
De acordo com informações disponíveis no site do MME, diante do uso de equipamento de ar-condicionado, foi verificado que os impactos elétricos e energéticos associados ao horário de verão estão relacionados à temperatura e não somente à iluminação. Quanto maior a iluminação natural, maior também a temperatura.
Por esse motivo, o aproveitamento da iluminação natural reduzia o consumo e a demanda energética, enquanto o aumento da temperatura fazia com que o uso de ar-condicionado crescesse, elevando o consumo.
"Estes efeitos eram avaliados conjuntamente e, para os Estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil foi constatada neutralidade dos impactos do horário de verão do ponto de vista do sistema elétrico", afirma a pasta.