Energia elétrica vai permanecer mais cara em 2022

Apesar dos níveis dos reservatórios hídricos terem melhorado, não será possível ver uma diminuição nos valores de energia elétrica no curto prazo.

12 jan 2022 - 16h32
O Brasil precisou importar energia elétrica de países vizinhos para não sofrer com apagões e racionamento
O Brasil precisou importar energia elétrica de países vizinhos para não sofrer com apagões e racionamento
Foto: Shutterstock / Finanças e Empreendedorismo

O ano de 2021 foi marcado pela ausência de chuvas e, por sua vez, pelo aumento das contas de energia elétrica. A situação passou a melhorar a partir de outubro, com a chegada de chuvas, mas as contas ainda vão permanecer mais caras ao longo do ano.

De acordo com o Broadcast Energia, as medidas tomadas para evitar apagões e racionamentos de energia elétrica trouxeram esse alto custo para o bolso do consumidor. E o que deve acontecer é que, agora, essas despesas serão pagas com juros.

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Entre as soluções encontradas para não enfrentar a falta de energia foram o uso de usinas térmicas e a importação de energia da Argentina e do Uruguai. Ao todo, o valor era de R$ 16,8 bilhões até o mês de outubro. Mesmo a criação de uma bandeira mais cara, a de escassez hídrica, a medida não foi suficiente para cobrir todos os gastos. 

Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, as tarifas não devem ser barateadas no curto prazo. Isso porque o governo deve manter a cobrança de uma bandeira tarifária mais cara. 

"A bandeira escassez hídrica já está planejada até abril e cobre custos já incorridos. Se terminarmos a estação chuvosa em bons níveis, aí sim teremos um custo menor durante o ano", explicou.

Sendo assim, os benefícios ainda não chegarão aos consumidores nos próximos meses. Afinal, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta acumula um rombo de R$ 12,35 bilhões pelo menos até novembro. 

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Há ainda um outro fator que pode encarecer a energia elétrica ao longo de 2022. Além dos reajustes anuais de tarifa, as distribuidoras de energia preveem que o desconto na conta de luz para quem poupou energia nos últimos meses deve custar R$ 1,62 bilhões.

O Ministério de Minas e Energia criou um programa de incentivo para aqueles que quiseram reduzir, de forma voluntária, o consumo de energia elétrica num dos períodos mais severos da crise hídrica. 

Falta de chuvas foi bateu recordes

A escassez hídrica enfrentada no Brasil em 2021 foi a pior dos últimos 91 anos. Os níveis de reservatórios importantes nas regiões Sudeste e Centro-Oeste chegaram a registrar apenas 16,75% de sua capacidade total em setembro. 

A boa notícia é que, conforme dados emitidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a projeção é de que, até o fim de janeiro, esse reservatório atinja pelo menos 40% de sua capacidade. A previsão também é positiva para reservatórios que ficam em outras regiões do Brasil.

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Com informações de Yahoo Finanças e Broadcast.

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