Empregados da Petrobrás evitam rescisão

Trabalhadores foram convocados a comparecer em hotéis para assinar as rescisões dos seus contratos de trabalho; em ato, eles queimaram telegramas enviados pela estatal

15 fev 2020 - 05h10

RIO - Em greve, empregados da Araucária Nitrogenados (Ansa), em processo de desligamento pela Petrobrás, participaram de uma manifestação na manhã de sexta, 14, durante a qual queimaram telegramas enviados pela estatal. Eles foram convocados a comparecer em hotéis para assinar as rescisões dos seus contratos de trabalho.

Empregados da Ansa participaram de uma manifestação, durante a qual queimaram telegramas enviados pela estatal
Empregados da Ansa participaram de uma manifestação, durante a qual queimaram telegramas enviados pela estatal
Foto: FUP/ Reprodução / Estadão

Ao todo, a Ansa possui 396 funcionários diretos. Segundo Gerson Castellano, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade que lidera a paralisação, cerca de 80 pessoas permanecem trabalhando, alguns deles no processo de "hibernação" da Ansa.

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"A gente entende que essa convocação dos empregados é uma pressão para acabar com a greve", avalia Castellano. No plano de desligamento, a Petrobrás prevê três etapas de demissão - neste mês, em março e em abril. Mas, segundo o diretor da FUP, o departamento jurídico da federação sugeriu aos trabalhadores que não assinem a rescisão porque, em greve, eles estão com os contratos suspensos.

Castellano destacou ainda que, dessa vez, a Petrobrás optou por marcar com os funcionários para oficializar as demissões em hotéis da cidade e não no sindicato, como acontece tradicionalmente. Procurada, a Petrobrás não se manifestou até o fechamento desta edição

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