5 coisas que você pode aprender com marketplaces da China

Especialista em varejo indica tendências que ajudam a aumentar alcance e alavancar vendas.

30 jun 2022 - 01h00
(atualizado às 13h35)
Foto: Adobe Stock

Com tecnologias de ponta e estratégias de venda cada vez mais redefinidas, a China se consolidou como o país que mais fatura com e-commerce. É também o primeiro país do mundo em que as vendas online ultrapassaram a soma de todas as vendas feitas em lojas físicas, segundo o Trade International Administration.

Dados da Pitney Bowes mostram ainda que mais da metade dos brasileiros que compram pela internet consultam sites chineses, como Aliexpress e Wish, antes de realizar pedidos.

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Entender e aplicar técnicas desse líder mundial é uma das estratégias para impulsionar o alcance e as vendas de um marketplace. Pensando nisso, Alexandre Nogueira, CEO da Universidade Marketplaces e consultor oficial do Mercado Livre no Brasil, lista as cinco principais lições que os marketplaces da China podem ensinar para os e-commerce nacionais.

1. Pagamento mobile pay

Um dos sistemas que tem revolucionado os pagamentos em marketplaces na China é a possibilidade de fazer a transação financeira dentro de aplicativos, o chamado Mobile Payment, a exemplo do AliPay (do Alibaba) e do WeChat Pay, sistema semelhante à funcionalidade do WhatsApp.

“Os consumidores chineses usam o celular como principal ferramenta para compra. Desde a pesquisa do produto até a finalização do pagamento são realizados em dispositivos móveis. Mais de 90% dos pagamentos digitais feitos em aplicativos são realizados pelo WeChat e AliPay”, observa o CEO.

2. Agilidade de entrega

Outra facilidade que os marketplaces da China oferecem é a agilidade no prazo de entrega. Enquanto no Brasil consumidores precisam aguardar em média 11 dias para receberem seus produtos, na China, a entrega é realizada com prazo de até um dia.

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Alexandre reforça que investir na melhor experiência do consumidor aumenta significativamente as chances de fidelizar o cliente: “É válido que anunciantes proporcionem o menor prazo de entrega possível. Com isso, será possível não só reter clientes, mas também alcançar novos consumidores”.

3. Live commerce

As chamadas lives commerces, que tiveram início na China, já têm sido uma aposta de e-commerces no Brasil. A estratégia se baseia em realizar vendas por meio de transmissões ao vivo em mídias sociais ― que contam com cerca de 150 milhões de usuários no país, segundo o relatório Digital 2021, da WeAreSocial.

“É muito comum, em lojas chinesas, os influenciadores apresentarem lives em shoppings para divulgar produtos e promoções. Além disso, negócios chineses oferecem descontos àqueles que se aproximam de lojas físicas, por meio do envio de mensagens instantâneas, direcionando esses consumidores para a compra online. Há investimento e inovação para atrair cada vez mais compras em marketplaces“, explica o CEO.

4. Ecossistema de produtos

O conceito de marketplace na China está diretamente ligado à variedade de serviços e produtos dentro de uma mesma plataforma como a Amazon. 

“Lá, o varejo digital concentra opções diversas em um único lugar, diferente de alguns sites no Brasil, em que os produtos ainda são segmentados”, afirma.

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5. Promoções e ofertas

Com uma variedade enorme de produtos e anunciantes, os marketplaces apresentam alta concorrência de preços e serviços. Com tanta disponibilidade de um mesmo produto, Alexandre aponta o uso estratégico de promoções e ofertas como fator de atração, para se sobressair em meio à concorrência. 

“Nos marketplaces da China, é muito comum a alta frequência de promoções e ofertas nos aplicativos, incentivando a compra do cliente”, finaliza.

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