CCJ do Senado aprova PEC Paralela da reforma da Previdência

6 nov 2019 - 13h00
(atualizado às 13h15)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira a PEC Paralela da Previdência, Proposta de Emenda à Constituição editada por senadores para promover mudanças na reforma sem, no entanto, forçar uma segunda votação na Câmara da PEC que já tinha sido aprovada pelos deputados.

Plenário do Senado
25/08/2016
REUTERS/Ueslei Marcelino
Plenário do Senado 25/08/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

A PEC Paralela traz, por exemplo, a possibilidade de Estados e municípios adotarem as novas regras previdenciárias aprovadas na PEC principal da Previdência, já aprovada pelas duas Casas do Congresso e em compasso de espera para sua promulgação. O texto principal foi aprovado por 20 votos a 5 no colegiado.

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Havia a expectativa de votação da PEC Paralela no plenário do Senado ainda nesta quarta-feira, mas segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a votação em plenário nesta quarta não está certa e sua possibilidade ainda será discutida nesta tarde.

O relator da PEC Paralela, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que também relatou a proposta principal da reforma da Previdência no Senado, promoveu algumas alterações na medida.

Preferiu utilizar a expressão "adoção" no texto quando faz referência aos Estados e municípios. Segundo ele, a "a expressão 'delegação de competência' não traduz adequadamente a responsabilidade que se coloca para os entes subnacionais em relação à reforma da Previdência".

Também acatou sugestão de mudança para autorizar os entes federativos a estabelecer, dentro do Regime Próprio de Previdência Social aplicável aos servidores públicos civis, idade e tempo de contribuição diferenciados para os peritos criminais, guardas municipais e oficiais e agentes de inteligência da atividade fim da Agência Brasileira de Inteligência.

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Outro ponto acolhido pelo relator tem a intenção de assegurar a que a pensão por morte não seja inferior a um salário mínimo para os entes federativos que adotarem as regras da reforma.

No texto da PEC, Tasso autoriza ainda a criação do Benefício Universal Infantil. Argumenta, no entanto, que não haverá aumento de despesa, já que a ideia é integrar programas já existentes.

"Não há eficácia imediata, o que só ocorreria depois da aprovação de eventual projeto de lei, quando detalhes sobre o programa poderiam ser discutidos com tranquilidade", disse o senador, antes da votação.

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