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Bolsonaro revela que "caixa-preta" do BNDES já foi aberta

Relatório que custou R$ 48 milhões não apontou evidência direta de corrupção

21 jan 2020 - 15h34
(atualizado às 15h40)
Presidente Jair Bolsonaro 
09/12/2019
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro 09/12/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro evitou comentar a auditoria interna do BNDES que prometia abrir a "caixa-preta" da instituição, mas não apontou irregularidades. Como revelou o Estado, a apuração custou R$ 48 milhões aos cofres públicos.

"A caixa-preta já foi aberta, bilhões gastos em outros países", disse o presidente nesta terça-feira (21). Em seguida, encerrou a coletiva de imprensa sem responder outras perguntas.

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O relatório do BNDES não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018. O valor foi pago a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou outro brasileiro, o Levy & Salomão.

A assessoria do BNDES informou que o relatório de oito páginas é uma resumo crítico da auditoria e que outro parecer, "mais robusto", foi entregue às autoridades.

Parlamentares divergem sobre resultado de auditoria. Membro da CPI que apontou irregularidades no banco, o deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) diz não confiar nos dados; o PT saiu em defesa de Lula e Dilma Rousseff.

Nesta terça, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que vai notificar o BNDES para solicitar informações sobre o contrato com o escritório Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP. O objetivo, de acordo com a entidade, é "verificar se foram cumpridas as normas legais que disciplinam o exercício da atividade de consultores em direito estrangeiros no País".

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