O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, favorito para ser o próximo chair do Federal Reserve, disse ao WSJ CEO Council nesta terça-feira que há "bastante espaço" para reduzir ainda mais a taxa de juros, embora tenha acrescentado que, se a inflação aumentar, o cálculo poderá mudar.
"O que temos que fazer é reconhecer que, como nos anos 1990, estamos em um momento potencialmente de extrema transformação", disse Hassett no WSJ CEO Council, referindo-se à possibilidade de que a inteligência artificial possa impulsionar o crescimento econômico sem superaquecer a economia.
Questionado sobre o que faria se o presidente Donald Trump quiser que ele reduza os juros e ele não achar que é a coisa certa a fazer, ele disse que iria aderir "ao meu julgamento, no qual acho que o presidente confia", de acordo com notícia da Bloomberg News.
"Se a inflação passar de 2,5% para 4%, não será possível cortar os juros", de acordo com um tuíte do repórter de Fed do Wall Street Journal, Nick Timiraos.
O Fed deu início nesta terça-feira à sua última reunião de política monetária do ano e a expectativa é de que anuncie na quarta uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros pela terceira vez este ano, mas que sinalize pouco afrouxamento adicional no próximo ano.
Na segunda-feira, Trump disse ao Politico que fará do apoio à redução imediata da taxa de juros um teste decisivo em sua escolha de um novo chair do Fed. Hassett, ecoando a crítica do próprio Trump à decisão do Fed de não reduzir mais os juros, acusou o banco central de agir politicamente.
"Acho que a função mais importante do chair do Fed é analisar os dados econômicos e evitar fazer parte da política", disse ele.