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Após Powell, Ibovespa fecha quase estável à espera de Copom

18 set 2019 - 17h10
(atualizado às 17h58)

O principal índice da bolsa paulista fechou em leve queda nesta quarta-feira, reduzindo perdas após o Federal Reserve decidir cortar o juro dos EUA em 0,25 ponto percentual, com investidores também atentos à decisão de juros pelo Banco Central brasileiro.

Bolsa de Valores de São Paulo 
09/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Bolsa de Valores de São Paulo 09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Ibovespa caiu 0,08%, a 104.531,93 pontos. O volume financeiro da sessão somou 26,35 bilhões de reais, impulsionado pelo vencimento dos contratos de Ibovespa futuro.

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O Fed cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual pela segunda vez este ano, medida amplamente esperada, para sustentar a expansão econômica do país --que já dura uma década--, mas deu sinais mistos sobre o que pode acontecer a seguir.

Índices acionários no Brasil e nos EUA momentaneamente ampliaram perdas durante o discurso de Jerome Powell, chairman do Fed, com o S&P 500 fechando próximo da estabilidade.

A falta de clareza no discurso de Powell sobre possíveis futuros cortes impactou o mercado, aumentando o nível de cautela dos investidores, indicou Eduardo Prado, chefe de renda variável da RJ Investimentos.

Após o fechamento do mercado, o BC brasileiro anunciará decisão sobre os juros, com o mercado apostando majoritariamente em redução da taxa Selic, de 6% para 5,5% ao ano.

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Agentes do mercado já dão como certo o corte de meio ponto percentual, com as expectativas voltadas sinais do futuro da política monetária do BC.

"Estima-se que até o final do ano teremos uma taxa de juros em 4,75%. E até o fim de 2020 a taxa deve estar em 4,5%", afirmou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura, apontando a economia quase estagnada, como principais fatores para previsões mais agressivas de cortes nos juros.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN recuou 1,7%, com novo declínio do preço do petróleo, ante notícia de que a Arábia Saudita retomará a capacidade de produção total rapidamente após ataques que fizeram as cotações da commodity dispararem na segunda-feira.

- BANCO DO BRASIL ON subiu 1,52%, destoando da fraqueza dos grandes bancos privados. O presidente-executivo do Banco Votorantim, no qual o BB tem participação de 50%, disse nesta quarta-feira que chegou o momento de preparar o banco para uma oferta inicial de ações (IPO).

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- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,31% e BRADESCO PN ganhou 0,29%.

- NATURA ON cedeu 0,06%, após renovar a máxima intradia histórica no início da sessão. A fabricante de cosméticos anunciou na véspera aumento de capital com bonificação de ações.

- VALE ON caiu 1,02%, na esteira da queda dos futuros do minério de ferro na China pelo terceiro dia, em meio a crescentes desembarques do produto nos portos do país e por maiores embarques por grandes mineradoras.

- MRV perdeu 2,31%, entre as maiores quedas, em sessão de ajuste, após salto de mais de 7% na véspera. No setor, CYRELA perdeu 0,04%.

- EMBRAER subiu 1,04%. O sindicato de metalúrgicos da principal fábrica da empresa, em São José dos Campos, afirmou que trabalhadores da unidade aprovaram estado de greve e que podem parar a partir da segunda-feira.

- BANRISUL PNB saltou 7,37%, após o banco ajustar oferta primária de ações, que teve sua precificação adiada da véspera para esta quarta-feira.

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- SINQIA ON perdeu 3,16%, após o conselho de administração aprovar o preço de 62 reais por ação para oferta primária com esforços restritos, resultando em um total de 362,7 milhões de reais.

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