Após abertura em baixa, Ibovespa testa o terreno positivo

2 jan 2019 - 11h35

O tom negativo dos mercados internacionais influenciou a abertura dos negócios na renda variável neste primeiro pregão de 2019. Mas algum otimismo passa a permear os negócios com os investidores tendo suas atenções voltadas para o cenário doméstico e os primeiros discursos dos novos integrantes do governo.

Há pouco, o Ibovespa invertia o sinal negativo para operar em leve alta, buscando os 88 mil pontos (87.941,69 pontos, subindo 0,11%) na contramão de seus pares no exterior que seguem no negativo.

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No exterior ainda predominam temores dos investidores sobre o ritmo de crescimento global e de qual maneira se dará esse arrefecimento. Hoje mais cedo os investidores viram uma contração do PMI industrial na China, a primeira desde maio de 2017 - recuou de 50,2 em novembro a 49,7 na leitura final de dezembro.

Na Alemanha, o PMI industrial também caiu para 51,5 pontos, vindo de 51,8 pontos. Na zona do euro, o índice cedeu para 51,4 pontos e, na França, em contração para 49,7 pontos. O Reino Unido foi o único que apresentou elevação para 54,2 pontos, quando a projeção era de ficar em 52,1 pontos. Apesar disso, Theresa May segue pressionada por conta das complicações com o Brexit e nenhuma garantia de sucesso na votação de 21/01.

Os resultados pesaram sobre as expectativas dos agentes e influenciaram o humor das principais bolsas mundiais, a começar pelas asiáticas em dia de feriado no Japão. A contaminação passou pelas bolsas europeias e chegou à Nova York, onde os índices futuros recuam entre 1,4% (Dow Jones) e 2,14% (Nasdaq).

No plano doméstico, os investidores monitoram os primeiros passos do novo governo e, em especial, os discursos dos novos ministros que tomam posse hoje durante todo o dia. Destaque para a transmissão de cargo de Eduardo Guardia (Fazenda) para Paulo Guedes (Economia), às 15 horas.

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No noticiário corporativo, Eletrobras ganha destaque com o anúncio do ressarcimento de R$ 161,9 milhões após adesão ao acordo de leniência entre o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União e a Odebrecht, com interveniência da Advocacia Geral da União, no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Ainda no exterior, os contratos futuros de petróleo recuavam nesta manhã, com queda acima de 1%. Também o minério de ferro teve queda de 0,91% no porto de Qingdao, na China.

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