A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avaliou nesta manhã de sexta-feira, 7, em nota, que a reabertura do mercado chinês para a carne de frango do Brasil representa um marco decisivo para o desempenho das exportações em 2025. Segundo a entidade, a retomada das compras pelo país asiático deve impulsionar significativamente os embarques nos próximos meses e reforçar o protagonismo brasileiro no comércio global de proteína animal.
"O retorno da China é um fator determinante para o crescimento das exportações e para a estabilidade do setor neste fim de ano. A decisão das autoridades chinesas reacende perspectivas positivas para 2025", afirmou na nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
O comunicado divulgado pelo governo chinês nesta sexta-feira, mas com data de 31 de outubro, diz: "Com base nos resultados da análise de risco de surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAPP) fica suspensa a proibição a partir da data deste anúncio".
Os números de outubro já refletem o bom momento. O Brasil exportou 501,3 mil toneladas de carne de frango, o segundo maior volume mensal da história, com alta de 8,2% em relação a igual mês de 2024 (463,5 mil toneladas).
Com esse resultado, o volume acumulado de janeiro a outubro chegou a 4,378 milhões de toneladas, praticamente igualando o total registrado em igual período do ano passado (4,380 milhões). "O desempenho de outubro é o melhor desde março de 2023, quando registramos o recorde histórico. Com esse ritmo, projetamos um crescimento para os doze meses de 2025", destacou Santin.
A receita das exportações somou US$ 865,4 milhões em outubro, queda de 4,3% sobre igual mês do ano anterior. No acumulado do ano, as vendas externas totalizaram US$ 8,031 bilhões, recuo de 1,8% frente a 2024.
Entre os principais destinos, quais parceiros comerciais lideraram as importações:
- África do Sul, com 53,7 mil toneladas (+126,9%)
- Emirados Árabes Unidos (40,9 mil toneladas; +32%)
- Arábia Saudita (36,6 mil toneladas; +66,1%)
- Filipinas (34 mil toneladas; +38,2%)
- Japão (29,7 mil toneladas; -25,5%)
Entre os Estados, quais concentraram as exportações:
- Paraná, com 205,1 mil toneladas (+7,9%)
- Santa Catarina (111,6 mil toneladas; +5,8%)
- Rio Grande do Sul (60,9 mil toneladas; +8,8%)
- São Paulo (32,2 mil toneladas; +12,3%)
- Goiás (27,3 mil toneladas; +44,4%)