Depois da febre musical com ‘Grease’ e ‘Xanadu’, Olivia Newton-John se reinventou com ‘Physical’. A música dançante pegava carona no modismo da malhação nos Estados Unidos.
O hit ficou 10 semanas consecutivas em 1 lugar nas paradas norte-americanas. Em fevereiro de 1982, a cantora veio ao Brasil para divulgar seu álbum. Estava com 32 anos.
A Globo aproveitou a presença da estrela no Rio e a convidou para gravar uma participação na novela das 19h ‘Jogo da Vida’. Ela surgiu no palco do Single’s Bar, um dos cenários da trama.
Parte do elenco estava na plateia. Atores como Maitê Proença, Rosamaria Murtinho, Angelina Muniz e Cissa Guimarães saíram de seus personagens. “Ficou todo mundo fã”, contou o diretor Jorge Fernando.
Olivia não decepcionou. “Ela foi uma gracinha, nos tratou superbem”, relembrou o saudoso global. A cantora esteve também no desfile das escolas de samba daquele ano. Assistiu ao espetáculo de um camarote.
Voltou ao Brasil dez anos depois, quando participou como ativista ambiental da Eco92, conferência das Nações Unidas sobre a preservação do planeta.
Em 2016, aos 67 anos, fez shows no Rio e em São Paulo. Novamente se mostrou simpática e acessível. Uma celebridade mundial sem estrelismo.
A morte de Olivia Newton-John encerra uma carreira de sucesso e uma vida dedicada ao audiovisual e também ao bem-estar social.
Dona de fortuna equivalente a 300 milhões de reais, a cantora doou muito dinheiro para pesquisas de tratamentos contra o câncer, doença que a matou aos 73 anos, após 3 décadas do primeiro diagnóstico de tumor de mama.