A fotografia original que eternizou David Bowie como o Camaleão do Rock foi vendida por uma quantia impressionante: US$ 496 mil (algo em torno de R$ 2,6 milhões). O retrato, que estampa a capa do álbum Aladdin Sane, lançado em 1973, é considerado um dos registros visuais mais emblemáticos da história da música e da cultura pop.
A venda foi realizada em um leilão em Londres, na Inglaterra, na última quarta-feira (5), atraindo colecionadores e fãs do artista britânico de todo o mundo.
Capturada pelo fotógrafo Brian Duffy, a imagem mostra Bowie com o rosto pintado por um raio vermelho e azul, sobre um fundo branco, com os olhos fechados e expressão serena. A estética ousada e futurista da foto se tornou símbolo da fase glam rock do cantor, marcando uma ruptura com os padrões visuais da época e consolidando sua reputação como um artista inovador e provocador.
O valor alcançado no leilão reflete o impacto duradouro de Bowie na música, moda e arte. A fotografia original, impressa em grande formato e assinada por Duffy, foi preservada em condições excepcionais, o que contribuiu para sua valorização. Além disso, o interesse crescente por memorabília de artistas lendários tem impulsionado o mercado de colecionáveis, especialmente em eventos que envolvem obras únicas e de grande relevância cultural.
O papel da arte visual na construção da identidade de Bowie
A venda da imagem também reacende o debate sobre o papel da arte visual na construção da identidade de músicos. No caso de Bowie, a capa de Aladdin Sane não foi apenas uma escolha estética, mas uma extensão de sua persona artística. O raio pintado no rosto tornou-se um ícone instantâneo, reproduzido em camisetas, pôsteres, maquiagens e até tatuagens por fãs ao redor do mundo. A imagem transcendeu o álbum e se tornou parte do imaginário coletivo da cultura pop.
A maquiagem trabalhada no rosto de David Bowie é assinada por Pierre La Roche e Philip Castle,
Especialistas em arte e música destacam que o retrato representa uma fusão entre fotografia, performance e identidade. Duffy, que trabalhou com Bowie em outras ocasiões, conseguiu capturar não apenas a aparência do cantor, mas também sua essência criativa e transformadora. A colaboração entre os dois resultou em uma obra que continua a inspirar artistas visuais, estilistas e músicos até hoje.
O comprador da fotografia preferiu manter o anonimato, mas sabe-se que a peça fará parte de uma coleção privada dedicada à arte contemporânea e à história da música. A expectativa é que a imagem seja exibida em exposições futuras, permitindo que o público tenha acesso a esse marco visual da carreira de Bowie.
*com uso de Inteligência Artificial na pesquisa sobre o assunto