Quem são os influenciadores citados em esquema milionário e ilegal de apostas?

Kel Ferreti, Laís Oliveira e Eduardo Veloso, conheça os três acusados de movimentar R$ 33 milhões com golpes

6 out 2025 - 15h12
(atualizado às 16h44)
Resumo
Kel Ferreti, Laís Oliveira e Eduardo Veloso são acusados de participar de um esquema ilegal de rifas e sorteios que movimentou mais de R$ 33 milhões, utilizando manipulação de resultados e influenciando milhões de seguidores.
Kel, Laís e Eduardo
Kel, Laís e Eduardo
Foto: Reprodução | Instagram

Kel Ferreti, Laís Oliveira e Eduardo Veloso são os três influenciadores citados em uma reportagem exibida pelo Fantástico (Globo) no domingo, 5. A matéria revelou detalhes de um esquema ilegal de rifas e sorteios no qual eles estariam envolvidos e que teria movimentado mais de R$ 33 milhões em Maceió (AL).

Kel Ferreti, ex-policial militar e autodeclarado “empreendedor digital”, é apontado como o principal líder do grupo investigado. Os outros dois, Laís e Eduardo, são acusados de atuar com o mesmo modus operandi. Juntos, os três somam mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais.

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Kel Ferreti, o líder do esquema

Kel, acusado de ser líder do grupo
Foto: Reprodução | Instagram

De acordo com o Fantástico, o trio utilizava a venda de rifas e jogos de azar para aplicar golpes em milhares de pessoas. Kel Ferreti, cujo nome de batismo é Kleverton Pinheiro de Oliveira, costumava exibir uma vida de luxo e ostentação nas redes sociais — estilo de vida que, segundo o Ministério Público de Alagoas (MP-AL), seria sustentado pelo esquema ilegal.

As investigações indicam que Ferreti manipulava os resultados das rifas e sorteios online em benefício próprio. “O que não é legalizado, por exemplo, ainda continuam apostas em bets chinesas, bets coreanas. Este tipo de jogo não tem nenhum tipo de controle”, afirmou Cyro Blatter, promotor e coordenador do Gaesf, em entrevista ao programa.

Laís Oliveira e Eduardo Veloso

Laís Oliveira, influenciadora
Foto: Reprodução | Instagram

A influenciadora Laís Oliveira, que tem mais de 5 milhões de seguidores no Instagram, foi citada pela reportagem como uma das principais integrantes do grupo. Além de divulgar as rifas e os jogos de azar, ela também teria ajudado a manipular resultados. Entre janeiro e abril de 2024, Laís teria recebido quase R$ 1 milhão de uma empresa ligada a Kel Ferreti.

Seu marido, Eduardo Veloso, também influenciador, teria faturado cerca de R$ 456 mil no mesmo período. Em dezembro de 2024, Laís e Eduardo chegaram a ser presos em Fortaleza (CE), durante a Operação Trapaça, mas foram liberados posteriormente.

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A defesa do casal divulgou uma nota afirmando que ambos foram soltos porque sua participação se restringiu à atuação como influenciadores digitais. “A participação deles se limitou à prestação de serviços de publicidade”, diz o texto, que nega qualquer envolvimento na manipulação de resultados.

Eduardo Veloso, influenciador
Foto: Reprodução | Instagram

No mesmo mês, Kel Ferreti também foi preso em Maceió. Na ocasião, agentes apreenderam joias, celulares e R$ 20 mil em espécie. A operação ainda expôs o histórico criminal do ex-PM, que foi expulso da corporação em 2023 após divulgar o próprio voto nas redes sociais e que já havia sido condenado por estupro em duas instâncias.

A defesa de Ferreti não nega o envolvimento dele com os jogos, mas afirma que o influenciador “não é dono de nenhuma plataforma” e que sua atuação “se limita à divulgação e publicidade”. Sobre a condenação por estupro, ele pretende recorrer da decisão. Atualmente, cumpre pena em regime domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

Fonte: Portal Terra
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