No próximo sábado, 15, o Vaticano será palco de um evento inédito que promete unir fé, arte e cultura: o Papa Leão XIV receberá no Palácio Apostólico alguns dos maiores nomes do cinema mundial. A iniciativa, confirmada pelo Vatican News, marca uma tentativa do pontífice de aproximar a Igreja das diferentes formas de expressão artística e explorar como a sétima arte pode refletir e promover valores humanos universais.
Segundo o Vaticano, o encontro contará com a presença de grandes estrelas e cineastas consagrados, incluindo Cate Blanchett, Monica Bellucci, Spike Lee, George Miller, Gaspar Noé, Gus Van Sant, Robert Andò e Matteo Garrone. Durante o evento, serão discutidos temas centrais como empatia, esperança e senso de comunidade — questões que o papa tem abordado com frequência em seus discursos e homilias.
O Papa Leão XIV já começou a agenda cinematográfica na última sexta-feira, 7, quando recebeu o icônico ator Robert De Niro. Conhecido por sua carreira brilhante em filmes como Taxi Driver: Motorista de Táxi, O Irlandês, Fogo contra Fogo, Um Senhor Estagiário e Os Bons Companheiros, De Niro teve a oportunidade de dialogar diretamente com o pontífice sobre o papel transformador do cinema na sociedade contemporânea.
E, para surpresa de muitos, o Papa Leão XIV não se conteve e compartilhou publicamente seus quatro filmes favoritos, revelando um gosto cinematográfico que atravessa gerações e estilos. Segundo ele, são obras que inspiram reflexão, emoção e esperança: "A Felicidade Não se Compra" (1946), de Frank Capra; "A Noviça Rebelde" (1965), de Robert Wise; "Gente Como a Gente" (1980), de Robert Redford; e "A Vida é Bela" (1997), de Roberto Benigni.
Essa lista demonstra a visão do pontífice sobre a arte como ferramenta de conexão entre as pessoas. Cada filme, de acordo com Leão XIV, carrega lições sobre humanidade, coragem, solidariedade e alegria, reforçando a ideia de que a criatividade artística pode caminhar lado a lado com a espiritualidade.
Especialistas acreditam que esse encontro histórico poderá abrir novas oportunidades para que o cinema seja reconhecido como um espaço de diálogo com a fé, promovendo debates sobre valores morais, culturais e sociais. Para o Vaticano, a iniciativa também reforça a imagem de uma Igreja aberta ao mundo moderno, capaz de dialogar com linguagens e públicos diversos.