Astrid Fontenelle fala sobre pós-menopausa e ginecologista alerta: 'Prazer e autoestima podem volta'

Aos 64 anos, Astrid Fontenelle fala sobre prazer na pós-menopausa; ginecologista explica diferenças entre fases e como recuperar autoestima e libido.

9 nov 2025 - 16h39

A apresentadora Astrid Fontenelle, de 64 anos, compartilhou nas redes sociais um relato sobre sua vivência na pós-menopausa, dizendo que "tudo passa e tudo volta", inclusive o prazer e a autoestima. A fala da comunicadora abriu espaço para um debate necessário sobre as diferenças entre menopausa e pós-menopausa, fases marcadas por transformações hormonais, mas também por autoconhecimento e redescoberta do corpo.

Astrid Fontenelle.
Astrid Fontenelle.
Foto: Reprodução/Instagram / Mais Novela

Segundo a ginecologista Beatriz Tupinambá, especialista em menopausa e climatério, entender as mudanças do corpo feminino é o primeiro passo para viver essa transição com mais consciência e saúde.

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"A menopausa é a data da última menstruação depois que você permanece um ano sem menstruar. E a pós-menopausa é o que vem depois desse marco. E nesse período o que pesa mais realmente são os sintomas dessa transição. Então as ondas de calor, a insônia, irritabilidade, alteração de peso, alteração da composição corporal, perda de massa magra, perda de massa óssea… e isso, no passar do tempo, nesse pós-menopausa mais tardio, esses sintomas tendem a se estabilizar, mas podem inclusive se agravar."

A médica explica que, com o passar dos anos, é comum que questões como osteoporose, perda de memória e riscos cardiovasculares se tornem mais frequentes.

"Uma massa óssea pode se intensificar até evoluir para uma osteoporose, alteração de memória pode evoluir, o risco cardiovascular aumenta, esses sintomas podem ir se intensificando. Por isso que é tão importante essa reconexão com o próprio corpo, com mais consciência e a importância do autocuidado."

Cuidados e hábitos que ajudam a viver melhor a pós-menopausa

Beatriz Tupinambá reforça que o estilo de vida tem papel decisivo no equilíbrio físico e emocional dessa fase.

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"O primeiro passo é olhar para o seu estilo de vida. Então, priorizar o seu sono, priorizar atividade física, nutrição… isso são pilares fundamentais. A atividade física deve ser regular, isso ajuda muito a equilibrar os seus hormônios, ajudar no controle de estresse, preservação de massa magra (que acontece uma tendência a perda de massa magra na pós-menopausa), alimentação deve ser anti-inflamatória, rica em proteínas, antioxidantes."

A médica destaca ainda o papel do autocuidado emocional como parte essencial do bem-estar.

"O controle de estresse é fundamental, então atividades que ajudem nesse quesito, o controle da respiração, yoga, meditação, isso é um excelente aliado nesse período pós-menopausa. Então seriam esses pilares: controle do sono, controle da alimentação, atividades físicas e controle de estresse. Isso melhora muito a vitalidade e a qualidade de vida nesse pós-menopausa."

"A libido é uma energia vital", explica especialista

Ao comentar o relato de Astrid, a ginecologista reforça que o prazer e a libido podem, sim, retornar com intensidade na pós-menopausa, desde que a mulher volte o olhar para si mesma.

"Com certeza, claro que sim, assino embaixo dez vezes. O prazer pode e deve voltar. Libido é uma energia de vida, ela faz parte. A gente tem que se reencontrar, procurar fazer esse resgate, esse autorreconhecimento no período da menopausa. Quando a mulher se conhece, quando ela trata verdadeiramente os sintomas, resgata esse autocuidado, essa autorresponsabilidade sobre o seu próprio corpo ou tratamento, o corpo responde de volta."

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Para ela, a libido vai muito além da questão hormonal, é um reflexo do vínculo entre corpo e autoestima.

"A libido não é um hormônio, ela é uma energia realmente vital, é sua autoestima, sua presença como pessoa nesse mundo. Então nesse pós-menopausa, muitas mulheres precisam redescobrir o próprio corpo sem essas pressões da juventude, com mais liberdade corporal, liberdade emocional, mais segurança, e aí o prazer volta pra essa mulher que se volta para si e se autovaloriza."

Encerrando, Tupinambá define essa fase como "um verdadeiro despertar da mulher madura".

"Isso é um verdadeiro despertar dessa fase madura, de conhecimento do pós-menopausa."

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