Depois de mais de vinte anos de espera e exibições limitadas em sessões especiais de Los Angeles, Kill Bill: The Whole Bloody Affair finalmente chegará aos cinemas — pelo menos de alguns países. A partir de 5 de dezembro, a versão integral da obra de Quentin Tarantino — com 4h31 de duração — será lançada oficialmente pela Lionsgate nos Estados Unidos, incluindo novas cenas e uma sequência inédita em anime produzida pelo estúdio japonês Production I.G, o mesmo de Ghost in the Shell.
Apresentada pela primeira vez em Cannes em 2004 e, desde então, projetada apenas em raras ocasiões no New Beverly Cinema (em Los Angeles), a montagem conhecida como The Whole Bloody Affair reúne os dois volumes de Kill Bill lançados originalmente em 2003 e 2004 em um único épico de vingança, tal como Tarantino sempre planejou.
Desta vez, o público poderá assistir à obra no formato preferido do diretor — 35mm ou 70mm, dependendo da sala — e sem cortes de censura. A versão será exibida sem classificação indicativa, restaurando toda a violência estilizada e o sangue em cores vivas que haviam sido reduzidos na época para atender às restrições de idade. Mas ela chegará ao Brasil?
O que muda na nova versão
Além da união dos dois filmes, Tarantino incluiu uma sequência de sete minutos em anime, que expande a história da gangue Crazy 88, com visual e energia típicos das referências japonesas que inspiraram Kill Bill.
Outro ajuste importante está no ritmo e na montagem narrativa. Na nova edição, o cineasta removeu o momento final do Volume 1 — quando Bill (David Carradine) revela que a filha da Noiva (Uma Thurman) está viva. Isso faz com que o público descubra a verdade ao mesmo tempo que a protagonista, cerca de quatro horas depois, intensificando o impacto emocional do reencontro.
Do que se trata?
A trama acompanha Beatrix Kiddo (Thurman), a ex-assassina traída por seu antigo grupo, o Deadly Viper Assassination Squad, que desperta de um coma e parte em busca de vingança contra todos os que a traíram — culminando em sua jornada até Bill (Carradine), o mentor e amante que tentou matá-la.
Inspirado em clássicos do kung fu, samurais, westerns italianos e animes, o longa é considerado o projeto mais estilizado e "puro cinema" de Tarantino. De sua trilha sonora icônica às coreografias de luta e ao uso magistral de cores, Kill Bill consolidou Uma Thurman como uma das heroínas mais marcantes do cinema moderno.
O futuro da Noiva
Tarantino já chegou a falar sobre um possível Kill Bill Vol. 3, que acompanharia a filha de Beatrix, B.B., agora adulta — e cogitou Maya Hawke, filha de Uma Thurman, para o papel. No entanto, o diretor também reiterou que pretende se aposentar após seu décimo filme, o que torna o projeto incerto. Por enquanto, The Whole Bloody Affair surge como a versão definitiva e idealizada por Tarantino, reunindo tudo o que o cineasta sempre quis entregar — e que os fãs esperavam há duas décadas.
Afinal, a versão definitiva de Kill Bill chegará ao Brasil?
Ainda não há confirmação de estreia no Brasil, mas o histórico de relançamentos desse porte indica que a versão pode chegar às salas nacionais em algum momento. Confira o trailer a seguir:
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