Difícil mensurar o impacto cultural de um filme como Tubarão. Em 1975, Steven Spielberg lançava um clássico do cinema americano com uma história aparentemente simples e comercial: um chefe de polícia, com a ajuda de um biólogo e um caçador profissional, corre contra o tempo para capturar um tubarão branco que aterroriza as praias ensolaradas de uma pequena cidade turística na Nova Inglaterra.
Dentre as muitas lendas que rondam as gravações e o lançamento de Tubarão, uma em particular envolve uma das cenas mais emblemáticas do longa; uma história até hoje pouco esclarecida sobre o surgimento do monólogo do marrento caçador de tubarões Quint (interpretado pelo talentoso Robert Shaw) sobre o navio USS Indianapolis.
Para os desavisados ou com memória curta, a cena em questão se passa durante o clímax do longa, no qual os três homens a bordo do barco Orca - Quint, Matt Hooper (Richard Dreyfuss) e Martin Brody (Roy Scheider) - compartilham um momento de camaradagem. Apesar de suas claras diferenças, ao partilharem ansiedades e memórias, o trio percebe que tem mais em comum do que imaginava, dividindo, além disso, naquele instante, uma ameaçadora missão de vida e morte.
Enquanto bebem e contam histórias, então, Quint decide narrar uma antiga tragédia na qual sobreviveu…