Julia Roberts está de volta com um novo filme, Depois da Caçada (After the Hunt, no original em inglês), que estreia em outubro nos cinemas.
No longa-metragem, há uma cena em que ocorre uma menção a The Smiths. A banda precursora do indie é um dos grandes nomes do rock britânico na década de 1980.
A cena deu gancho para Julia Roberts refletir sobre a banda, a qual ela diz "amar". E, sim, ela aprecia o grupo apesar das polêmicas envolvendo o vocalista Morrissey.
Nos últimos anos, o artista se envolveu em uma série de controvérsias. Ele declarou apoio a políticos de extrema direita que apoiam o anti-islamismo, segregação, a saída da Inglaterra da União Europeia e até políticas racistas.
Questionda em entrevista ao The Sunday Times (via NME) se não deveria desapegar da música dos Smiths e de seus álbuns, como o clássico The Queen is Dead (1986), Julia Roberts rebateu:
"Eu amo os Smiths. Se fizermos isso, nos privamos de um entendimento plenamente realizado. Se você não sabe do que está sendo protegido, como pode saber mais, fazer melhor, criar melhor?"
Ela acrescentou, se mostrando contrária à cultura de "cancelamento" e refletindo sobre como separar o artista (Morrissey) de sua obra (com os Smiths):
"Algumas coisas são grandes, horríveis, feias. E todos nós podemos concordar que: 'Sim, isso foi ruim. Não vamos fazer isso de novo'. Mas, por outro lado, há outros momentos em que você pensa: 'Bem, quem disse que isso deveria ser colocado em um barril, incendiado? Quem disse isso?'. Precisamos de nuances."
The Smiths e Morrissey
The Smiths esteve na ativa de 1982 a 1987, quando se separou após brigas entre Morrissey e o guitarrista Johnny Marr, que foi o primeiro a sair. A banda tentou seguir sem ele, mas logo encerrou atividades.
Morrissey seguiu carreira solo e em 1988 lançou seu debut Viva Hate. Nos últimos anos, ele vem enfrentando uma onda de dificuldades para realizar shows, muitas vezes cancelados pelo próprio devido a problemas de saúde ou razões diversas.