Durante meses, os relatórios sobre combatentes estrangeiros na Ucrânia apontavam a Coreia do Norte como a principal fonte de soldados enviados para apoiar a Rússia. Depois, houve confirmação oficial por parte de ambas as nações. No entanto, silenciosamente, essa balança está mudando de forma surpreendente. No tabuleiro da guerra no leste europeu, outro país começa a substituir Pyongyang no papel de maior fornecedor de tropas para Moscou — uma reviravolta inesperada que revela tanto a fragilidade da Rússia quanto a profundidade de suas alianças autoritárias.
O que começou como uma invasão regional transformou-se em uma guerra de caráter global, na qual a Rússia não enfrenta apenas a Ucrânia e seus aliados ocidentais, mas também mobiliza uma rede de regimes para sustentar o esforço bélico. Entre eles, Cuba surge como um ator inesperado: segundo estimativas ucranianas, até 25 mil cubanos podem ter se incorporado à frente russa, tornando-se a maior força estrangeira na Ucrânia, superando os contingentes norte-coreanos.
Para o Kremlin, a utilidade dessa fórmula é evidente: as baixas de combatentes estrangeiros não geram protestos internos, não exigem indenizações a famílias russas e reduzem o custo político do conflito. Em um país com mais de um milhão de baixas estimadas, atrair soldados do exterior é, além disso, uma questão de sobrevivência estratégica.
Uma fórmula difícil de rejeitar
A motivação principal para muitos recrutas cubanos é simples: dinheiro. Em uma ilha ...
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