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Qual o risco da covid para quem tem menos de 60, é saudável e tomou os reforços?

Pessoas jovens e saudáveis representam uma porcentagem baixa entre as internações por causa da covid em Nova York. Risco maior é para quem não tomou o reforço

8 ago 2022 - 18h51
(atualizado às 21h48)

Passados mais de dois anos da pandemia da covid-19, a fase mais aguda já passou. Atualmente, os médicos sabem mais sobre como o coronavírus SARS-CoV-2 se comporta no organismo e também existem medicamentos e tratamentos seguros e eficazes. Além disso, a população pode se prevenir através das vacinas e das doses de reforço.

Neste cenário, a possibilidade de pessoas com menos de 60 anos, que são saudáveis — em outras palavras, não convivem com nenhuma outra doença, como um câncer — e que tomaram as doses de reforço contraírem formas graves da covid-19 é realmente baixa. Embora óbitos ainda ocorram, estes são exceção para este grupo de indivíduos. A amostragem foi feita no estado de Nova York, nos Estados Unidos, mas serve de exemplo para todo o mundo.

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Foto: Gpointstudio/Envato / Canaltech

Se você é jovem, saudável e vacinado, muito provavelmente, você está "bem protegido" contra a covid-19, explica o médico William Schaffner, consultor de vacinas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA.

Qual o perfil dos pacientes internados?

A partir dos dados da Northwell Health — um dos maiores provedores de serviços de saúde de Nova York —, é possível observar que cerca de 80% das pessoas internadas em decorrência da covid-19 tinham mais de 60 anos, segundo informação obtida pelo canal CNN. Além disso, 90% tinha algum problema de saúde, como hipertensão ou diabetes. Os dados foram coletados entre os meses de maio e julho deste ano nos EUA.

Além do estado de saúde e da idade, a questão da vacinação também foi importante na preponderância de casos graves. A maioria dos internados não estava com as doses da vacina atualizadas, ou seja, não tomaram as doses de reforço recomendadas pelas autoridades de saúde.

Taxa de mortalidade da covid

"A taxa de mortalidade agora é muito baixa: é de cerca de 2% e foi de 10% a 12% durante a [predominância da variante] Delta", afirma Jill Kalman, diretora médica da Northwell. "Se eles [os pacientes] entrarem na UTI, não ficarão tanto tempo. Na primeira onda, estávamos atendendo pacientes na UTI por 15, 20, 30 dias, e agora é uma fração disso", acrescenta a médica.

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Apesar do risco estatístico ser realmente menor para pessoas jovens, saudáveis e vacinadas, não é possível prever como cada organismo irá reagir ao vírus e nem quem desenvolverá a covid longa. Independente da mudança do cenário, a doença ainda representa um potencial risco e este deve ser considerado. O isolamento de casos confirmados ainda é necessário.

Fonte: CNN  

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