Em julho de 2023, uma equipe de pesquisadores apresentou novas observações que sugerem a presença de vida em Vênus.
As descobertas, baseadas em dados coletados do Telescópio James Clerk Maxwell e do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), fornecem evidências mais fortes da existência de gás fosfina na atmosfera venusiana. A fosfina é uma molécula tipicamente associada a processos biológicos na Terra.
Agora, a mesma equipe de pesquisa apresentou mais dados no mês passado durante a reunião da Royal Astronomical Society em Hull, Inglaterra. A nova análise dá continuidade a descobertas controversas anteriores sobre fosfina em Vênus, que foram posteriormente desafiadas por outros estudos.
Os cientistas acreditam que seus novos dados, que são 140 vezes maiores do que o conjunto de dados anterior, abordam as preocupações levantadas anteriormente e fortalecem o caso da fosfina na atmosfera de Vênus.
Fosfina
A presença de fosfina em Vênus é importante porque é uma molécula tipicamente associada a processos biológicos na Terra.
No entanto, os pesquisadores alertam que a detecção de fosfina não confirma necessariamente a presença de vida em Vênus.
Outros processos não biológicos também podem produzir fosfina. Nas novas análises, pesquisadores também apresentaram evidências da presença de amônia na atmosfera venusiana.
Essa é outra molécula que poderia estar potencialmente ligada a processos biológicos. No entanto, semelhante à fosfina, a detecção de amônia sozinha não confirma a vida em Vênus.
A expectativa é que missões futuras a Vênus possam ajudar a esclarecer a presença de fosfina e amônia na atmosfera do planeta e suas possíveis origens.