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Meta AI virou um app parecido com o ChatGPT; conheça

Aplicativo Meta AI traz integração com Instagram e Facebook e aposta em voz e interações sociais para se destacar

30 abr 2025 - 13h38

A Meta anunciou na terça-feira, 29, um aplicativo independente para seu assistente de inteligência artificial (IA), o Meta AI. O diferencial, em relação a concorrentes como o ChatGPT, está em um novo recurso social: o feed Discover. A função permite que usuários visualizem e interajam com postagens públicas de amigos do Instagram e do Facebook sobre como estão utilizando a IA da empresa.

No app, é possível curtir, comentar, compartilhar ou até "remixar" essas interações, criando versões próprias a partir do conteúdo alheio. O feed Discover reúne essas ações em tempo real, funcionando como uma vitrine coletiva de usos criativos ou práticos da tecnologia. A proposta se soma a uma tendência do setor: o X (ex-Twitter), de Elon Musk, já integrou o chatbot Grok à sua plataforma, e a OpenAI também planeja adicionar um feed social ao ChatGPT.

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Além do foco no aspecto social, o Meta AI aposta no uso por voz. O aplicativo prioriza esse formato e conta com uma versão beta que torna as conversas mais naturais e fluídas, baseada em pesquisas da própria empresa sobre modelos de IA "full-duplex", tecnologia que permite que o assistente fale e ouça ao mesmo tempo, simulando uma conversa humana real, com interrupções, sobreposição de fala e reações espontâneas. O recurso, por ora, está disponível nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Durante uma demonstração em evento na terça, o modo full-duplex se mostrou mais expressivo e envolvente do que o modo de voz tradicional. Ainda assim, o Meta AI, diferentemente do ChatGPT, não possui acesso direto à internet para buscar informações em tempo real.

Nos EUA e no Canadá, o app vai além e utiliza dados dos perfis do usuário no Facebook e Instagram para personalizar as respostas. Na prática, o histórico de interações em ambas as redes sociais influencia as respostas do assistente. Assim como no ChatGPT, o usuário pode instruir o Meta AI a lembrar detalhes sobre si para interações futuras.

O sistema é alimentado por uma versão ajustada do modelo Llama 4, desenvolvido internamente pela Meta. Apesar do lançamento do aplicativo, a maior parte dos acessos ainda ocorre por meio de integrações nas plataformas já existentes, como a barra de busca do Instagram, o Facebook e o WhatsApp.

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O novo app, porém, não surge totalmente do zero: ele substitui o antigo View, aplicativo complementar dos óculos inteligentes Ray-Ban da Meta. A nova interface mantém funções anteriores, como galeria de fotos e vídeos capturados pelos óculos, mas agora passa a incluir acesso completo ao Meta AI.

Os próprios óculos Ray-Ban já contam com funcionalidades baseadas em IA, como reconhecimento de ambiente e tradução de textos em tempo real.

A empresa pretende expandir ainda mais essa integração. Está previsto ainda para este ano o lançamento de um novo modelo dos óculos, mais caro, com visor frontal. A proposta é aprofundar a aposta em experiências de realidade aumentada apoiadas por IA, combinando visão computacional, processamento de linguagem e interatividade social.

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