O primeiro iPhone dobrável da Apple deve chegar ao mercado em setembro de 2026, e, ao contrário das expectativas iniciais, pode custar menos do que o previsto. Segundo o analista Ming-Chi Kuo, referência em informações sobre a empresa, a peça central do projeto, a dobradiça, terá um custo de produção menor que o estimado, o que pode permitir preços mais competitivos em relação aos rivais da Samsung e da Huawei.
Nos últimos anos, a Apple tem sido criticada por lançar apenas melhorias de seus iPhones, mas 2026 pode marcar um ponto de virada, já que a companhia deve apresentar um modelo com tela dobrável, inaugurando uma nova fase para a linha. Estimativas iniciais apontavam que o dispositivo custaria entre US$ 2 mil e US$ 2,5 mil, mas novas previsões indicam que o preço final pode se manter na faixa de US$ 2 mil, similar ao Galaxy Z Fold 7, da Samsung.
De acordo com Kuo, o custo da dobradiça, que é um dos componentes mais caros de um smartphone dobrável, deve cair de US$ 100-120 para algo entre US$ 70 e US$ 80. A redução é atribuída a avanços no design e à parceria entre a Foxconn e a fabricante taiwanesa Shin Zu Shing (SZS), que serão responsáveis por produzir cerca de 65% das dobradiças para a Apple.
Essa diminuição de custos é estratégica para a Apple, que tenta evitar repetir o cenário dos óculos de realidade mista, Vision Pro, lançado a preços elevados e com vendas abaixo do esperado. Apesar de chegar atrasada ao mercado de dobráveis, a Apple aposta em inovações de engenharia para se diferenciar.
O novo modelo deve trazer uma tecnologia de tela que elimina a marca de dobra no ponto de flexão, problema comum em aparelhos desse tipo. A novidade envolve uma placa metálica integrada à tela e o uso de perfuração a laser para distribuir melhor a tensão.
O design do iPhone dobrável deve ser parecido com o Galaxy Z Fold, com abertura horizontal. Fechado, o aparelho deve ter tela de 5,5 polegadas e, aberto, de 7,58 polegadas. O corpo de titânio e o uso do sensor Touch ID, no lugar do Face ID, também estão entre as apostas. O modelo pode vir com câmeras duplas de 48 MP e até 12 GB de RAM, repetindo o padrão de desempenho do iPhone 17 Pro.
O banco JP Morgan reforçou as projeções e praticamente confirmou o lançamento do modelo para setembro de 2026, junto à linha iPhone 18. O banco estima que o novo produto possa movimentar um mercado de US$ 65 bilhões até 2028, com cerca de 45 milhões de unidades vendidas. A influência da Apple, segundo analistas do JP Morgan, deve impulsionar o segmento global de dobráveis e aumentar as vendas da empresa em até 10% em relação a 2025.
Apple deve anunciar mais aparelhos neste mês
A Apple também se prepara para uma nova rodada de lançamentos este mês, com destaque para um iPad Pro com chip M5, novos MacBooks e atualizações de produtos como Apple TV 4K e o Vision Pro.
Os novos produtos devem trazer evoluções pontuais, sem grandes revoluções no design. O iPad Pro com chip M5 será o primeiro da marca a vir com o sistema iPadOS 26, que permite organizar janelas em mosaico.
No caso dos MacBooks, é esperado o lançamento de uma versão Pro com chip M5, enquanto as versões mais potentes (M5 Pro e M5 Max) só devem chegar em 2026. Há também planos para telas OLED e uma webcam redesenhada. Já o Vision Pro deve ganhar uma versão aprimorada, com processador mais rápido e alça mais confortável.
Outros produtos previstos incluem novos AirTags, uma atualização da Apple TV 4K com chip A17 Pro e melhorias em dispositivos domésticos, como o HomePod mini. Alguns desses lançamentos devem incorporar recursos de inteligência artificial (IA), acompanhando o movimento do setor.
As mudanças também coincidem com um momento de transição na liderança da Apple. O COO Jeff Williams deve deixar o cargo, e o chefe de engenharia de hardware, John Ternus, é apontado como possível sucessor de Tim Cook.