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Cobalto em excesso pode causar câncer, segundo estudo encomendado pela OMS

O cobalto é usado em muitas indústrias, e pode ser encontrado em ferramentas cortantes, pigmentos e tintas, implantes médicos e até alimentos, segundo o estudo

11 ago 2022 - 19h45
(atualizado às 22h12)

Um estudo publicado na revista científica The Lancet Oncology destacou o potencial do excesso de cobalto em causar câncer. A pesquisa foi encomendada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS), e contou com cientistas de diversos países. Entre eles, um pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

Ao todo, participaram do estudo 31 especialistas de diversas áreas (epidemiologistas, biólogos, químicos, toxicologistas, patologistas, farmacêuticos entre outros), com experiência reconhecida em pesquisas sobre câncer. Na prática, os autores analisaram a carcinogenicidade de nove agentes: cobalto (metal, sais solúveis, dois tipos de óxidos, sulfetos e outros compostos de cobalto), antimônio (trivalente e pentavalente) e tungstênio para munição de armas (contém níquel e cobalto).

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O Jornal da USP conta que, para o metal cobalto e os compostos de cobalto, partículas moleculares de todos os tamanhos foram incluídas na avaliação. As evidências de associação ao câncer foram suficientes para o metal, sais e um tipo de óxido de cobalto.

Foto: Zozulinskyi/Envato / Canaltech

Os autores do artigo comentam que o cobalto e o antimônio registraram o mais alto índice de carcinogenicidade nos parâmetros do IARC, então são prováveis elementos carcinogênicos.

O cobalto é usado em muitas indústrias, e pode ser encontrado em:

  • Ferramentas de corte e retificação
  • Pigmentos e tintas
  • Vidro colorido
  • Implantes médicos
  • Galvanoplastia
  • Baterias de íon-lítio

Para o trabalhador dessas indústrias, a exposição ao cobalto acontece tanto por inalação de poeira quanto contato com a pele. No entanto, para a população em geral, a ingestão de alimentos contaminados é a principal fonte de exposição, além da fumaça de cigarro, e poluição do ar.

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O artigo aponta que os alimentos que mais contêm cobalto são nozes, vegetais folhosos, cerais, chocolate, café, peixes e manteiga. De qualquer forma, os cientistas ressaltam que o consumo de alimentos que naturalmente contêm cobalto não representa riscos à saúde, tampouco geram câncer.

Fonte: The Lancet Oncology via Jornal da USP

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