Os desafios da fusão nuclear são de fato intimidadores. Afinal, tentar replicar aqui na Terra e em pequena escala as mesmas reações que ocorrem no interior das estrelas é um desafio gigantesco.
Mesmo assim, a humanidade já percorreu uma parte importante desse caminho. Há quem diga que pouco se avançou desde a Segunda Guerra Mundial, mas como veremos neste artigo, essa visão não corresponde à realidade. Ainda há muito a fazer, mas o progresso já foi enorme.
Para que as usinas equipadas com reatores de fusão sejam viáveis, ainda é preciso resolver alguns problemas com os quais os engenheiros seguem lidando. Hoje, os principais desafios da fusão nuclear estão no campo da engenharia, e não mais na ciência básica.
A boa notícia é que a Espanha terá um papel ativo na busca por soluções, graças ao IFMIF-DONES (Instalação Internacional de Irradiação de Materiais para Fusão), que está sendo construída em Escúzar, na região de Granada.
O objetivo dessa instalação será desenvolver uma fonte capaz de produzir nêutrons de alta energia com intensidade e volume suficientes para testar os materiais que poderão ser usados nas futuras usinas de fusão. Esse é um dos desafios que ainda estão em aberto, mas muitos outros já foram superados graças ao enorme trabalho realizado por cientistas em reatores experimentais, como o já aposentado JET (Joint European Torus), instalado em Oxford, na Inglaterra.
A expectativa agora está nos próximos passos. Que o reator JT-60SA, de Naka, no Japão, e ...
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