No Egito do século XII a.C., durante o reinado do grande Ramsés III, seria de se esperar encontrar muitas coisas: túmulos magníficos, pirâmides, hieróglifos ricos e agricultores observando o Nilo subir para garantir a prosperidade de suas colheitas. Essas imagens se encaixam bem em nossa ideia do Egito Antigo. Se observarmos Deir el-Medina em 1157 a.C., uma vila de artesãos localizada perto do Vale das Rainhas, no entanto, veremos algo que parece menos apropriado para aquele período: trabalhadores iniciando uma greve trabalhista.
E não qualquer um, a primeira da história.
Em uma parte remota do Egito...
Set Maat (mais conhecida como Deir el-Medina, seu nome em árabe) foi um próspero assentamento de trabalhadores e artesãos fundado pelo faraó Tutmés I. Estava situado em uma localização privilegiada, perto do Vale das Rainhas e do Vale dos Reis, em frente ao que hoje é a cidade de Luxor.
Inicialmente, o assentamento consistia em apenas algumas dezenas de casas cercadas por um muro, mas gradualmente cresceu e ganhou importância. Ali, em suas casas de adobe, viviam os trabalhadores e artesãos que originalmente trabalhariam no túmulo de Tutmés I. Para evitar que seu local de descanso fosse saqueado em outras necrópoles, ele teve uma ideia: substituir as pirâmides e mastabas por um túmulo mais protegido, escavado na própria montanha.
Protagonista inesperado
Deir el-Medina poderia ter entrado para a história simplesmente por isso, para sempre ligada ao nome do faraó Tutmés I, ...
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