O general James Dickinson, comandante do Comando Espacial dos Estados Unidos, acredita que a gestão do tráfego espacial deverá ser transferida para uma instituição civil. Durante o Simpósio de Defesa Espacial e de Mísseis, realizado nesta terça-feira (9), ele notou que a quantidade crescente de detritos espaciais somada aos recursos necessários para monitorar os objetos e lançamentos vem dificultando a realização do trabalho.
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Uma nova geração do Comando Espacial foi montada em 2019 e, na época, estava acompanhando cerca de 25 mil pedaços de lixo espacial; em três anos, este número subiu para mais de 47 mil. "E continua crescendo", observou o general, em sua fala no evento.
Segundo Dickinson, a quantidade crescente de detritos em órbita é bastante preocupante. "Queremos garantir que não teremos uma órbita baixa da Terra na qual não podemos operar com segurança", explicou. "E, se você ler a estratégia de defesa nacional, verá que ela fala sobre ter um ambiente operacional seguro e estável no domínio espacial".
Além da questão dos recursos, a quantidade de trabalho do 18º Esquadrão de Defesa Espacial vem aumentando consideravelmente em função dos satélites lançados por países e empresas comerciais. "Muito deste crescimento e desenvolvimento é benéfico, mas os deveres associados ao gerenciamento do tráfego espacial estão restringindo os recursos do esquadrão da Base da Força Espacial de Vandenberg", disse.
Os oficiais que operam a base precisam acompanhar também operações hostis e os desafios impostos por nações rivais — segundo ele, há cerca de 100 guardiões da Força Espacial que apoiam o monitoramento espacial, e eles estão sob pressão. Assim, o Comando Espacial está pronto para transferir as tarefas de gerenciamento do tráfego espacial para o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
Para isso, o Escritório de Comércio Espacial está implementando políticas necessárias para direcionar o departamento a assumir as tarefas de gestão do tráfego espacial. "Eles estão trabalhando conosco, e quando estiverem capacitados para isso, será muito significativo para nós", finalizou Dickinson. "O monitoramento deveria ser uma responsabilidade civil".
Fonte: SpaceNews
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