Análise em pinturas antigas revela que Jesus podia ser considerado "mágico"

Estudo sugere que Jesus pode ter sido retratado como um mago por objetivo misterioso em imagens

9 set 2024 - 11h45
(atualizado às 11h59)
Estudo sugere que Jesus pode ter sido retratado como um mago em obras de arte antigas
Estudo sugere que Jesus pode ter sido retratado como um mago em obras de arte antigas
Foto: Biblical Archeological Society

Uma nova análise de pinturas antigas está reacendendo o debate sobre como Jesus foi representado nas primeiras representações artísticas. Algumas imagens do século ilustram Jesus segurando um objeto semelhante a uma varinha mágica, o que levou alguns historiadores a acreditar que ele poderia ter sido visto como um mago por alguns de seus seguidores.

Em Roma, uma pintura datada do século IV foi descoberta em uma catacumba, onde Jesus é mostrado multiplicando pães enquanto segura o que alguns arqueólogos acreditam ser uma varinha. Outras obras da mesma época retratam Cristo realizando milagres, como curar doentes e ressuscitar Lázaro, também com um objeto semelhante nas mãos.

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No entanto, há outra interpretação mais popular entre os pesquisadores: o objeto seria um cajado, uma referência ao profeta Moisés, conhecido por realizar milagres como abrir o Mar Vermelho. Moisés era uma figura proeminente na tradição judaica e, para muitos estudiosos, associar Jesus a ele teria sido uma forma de legitimar sua autoridade e divindade, destaca reportagem do jornal britânico Daily Mail. 

"Ele é como um novo Moisés", comentou Lee Jefferson, presidente do programa de religião no Centre College, em uma entrevista ao Live Science. De acordo com Jefferson, o uso de um cajado teria sido um símbolo de poder reconhecido pelo público da época, da mesma forma que pergaminhos eram associados à sabedoria.

A representação de figuras religiosas segurando varinhas ou bastões tem uma longa história. No Zoroastrismo, por exemplo, varinhas eram usadas em rituais sagrados desde o século IX a.C. A relação entre Jesus e objetos desse tipo, entretanto, é um tema de discussão.

Uma das imagens mais citadas está em uma porta de madeira da Igreja de Santa Sabina, em Roma, que retrata 18 cenas bíblicas. Em várias delas, Jesus aparece com um objeto longo, realizando milagres como a ressurreição de Lázaro e a transformação de água em vinho.

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Apesar dessas representações, a maioria dos estudiosos concorda que os seguidores de Jesus viam suas ações como milagres, não magia. “Você não gostaria que seu semideus fosse chamado de mágico, porque isso o faria parecer menos poderoso”, explicou Jefferson ao Live Science. 

Fonte: Redação Byte
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