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BOLÍVIA

Três dias de pura emoção dentro da mata

Robson Fernandjes/AE
Guias conduzem os turistas
por trilhas de nível médio
O norte-americano Martin Hecht, de 60 anos, tirou de letra as longas caminhadas pelo Parque Madidi, maior porção de Floresta Amazônica na Bolívia. Hecht trabalha como taxista em Nova York e considera que a selvageria do trânsito é bem mais perigosa que a da floresta. Ele viajou acompanhado pela filha Marijke e o genro, Reid Frazier, que já estavam com o pé na estrada há oito meses, passeando pela América do Sul. O taxista chegava à metade de seu roteiro, previsto para durar três meses.

As trilhas pelas quais os guias do Resort Ecológico Chalalán conduzem os turistas são de nível médio. Podem ser feitas por qualquer pessoa em boas condições de saúde. O percurso é cumprido sem pressa, com paradas para que o guia dê explicações sobre a fauna e a flora. A primeira caminhada é feita ainda no dia da chegada. Os turistas são levados até um mirador, de onde se tem uma visão privilegiada da região onde o resort está instalado. O percurso dura uma hora.

A trilha mais puxada é a realizada no dia seguinte. São cerca de oito horas de caminhada ao longo de nove quilômetros. Embora pareça muito, a maioria nem percebe o quanto andou. Tudo é novidade. O objetivo do passeio é flagrar animais em seu hábitat, principalmente os macacos. Só mesmo o ouvido treinado do guia para perceber quando um bando se aproxima e pedir, a tempo, que todos façam silêncio, para não assustá-los.

Quando se dá o encontro, ninguém sabe ao certo qual grupo está mais assustado - se o de macacos ou o de turistas. São muitos macacos emitindo sons estranhíssimos e pulando de galho em galho, com uma rapidez de deixar qualquer um tonto. Às vezes um deles pára e olha para o grupo, com o mesmo ar de espanto com que está sendo observado. É um estranhamento total.

Mais surpresas - Você ainda poderá espantar-se com aranhas caranguejeiras maiores que a palma da mão de um homem adulto.

Depois de cada trilha, o hóspede é sempre recepcionado no resort com um refrescante suco de limão. Além de observar animais, você ainda terá a chance de nadar no Lago Chalalán, em frente do resort. Na tarde do último dia, o turista pode confeccionar algumas peças de artesanato e levá-las para casa como suvenir. À noite, quem tiver disposição pode juntar-se aos guias, para ouvir lendas e mitos locais. Depois, é preciso coragem para sair do refeitório e encarar a escuridão até o chalé.

A maioria dos funcionários do resort pertence à comunidade de San José Uchupiamonas, tribo quíchua que vive há mais de 300 anos na região. O Resort Ecológico Chalalán é um dos braços mais fortes de um projeto de desenvolvimento sustentável do turismo, que conta com a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do governo boliviano e das comunidades indígenas. Até o fim do ano, os índios assumirão completamente a administração do resort.

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O Estado de S.Paulo

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