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  HIPERTENSÃO
Aspirina controla melhor a pressão se ingerida antes de dormir

Tomar aspirina antes de deitar - em vez ingerir o medicamento em outros momentos do dia - pode reduzir a pressão de pacientes com hipertensão leve e de gestantes que correm risco de desenvolver uma perigosa complicação relacionada à pressão, informaram pesquisadores na quarta-feira.

Já as pessoas que optam por tomar aspirina logo que acordam parecem não conseguir obter os resultados benéficos do medicamento sobre a pressão. Por esse motivo, os pacientes que consultam os médicos e decidem tomar a droga para controlar o distúrbio deveriam usar o remédio somente à noite, disse Ramon D. Hermida, da Universidade de Vigo, na Espanha. Aconselha-se à maioria das gestantes evitar usar aspirina pois a droga aumenta o risco de sangramento.

"Basicamente, não há efeito quando a aspirina é usada logo após o despertar. Quando ela é ingerida ao deitar, a ação é significativa", afirmou Hermida, durante o Encontro Científico Anual da Sociedade Americana de Hipertensão. A aspirina é indicada em baixas dosagens para muitos pacientes cardíacos com o objetivo de prevenir a formação de coágulos sanguíneos.

Em um estudo, a equipe de Hermida mediu o efeito de doses de 100 miligramas de aspirina usadas em momentos diferentes em cada dia, a partir das primeiras 12 ou 16 semanas de gestação. O trabalhou avaliou 341 gestantes com alto risco de pré-eclâmpsia, complicação caracterizada pela hipertensão. Se não for tratada, a enfermidade pode evoluir para eclâmpsia, distúrbio que pode ser fatal e que provoca crises convulsivas no final da gravidez ou na primeira semana após o parto. A pré-eclâmpsia é relativamente comum e ocorre em cerca de uma em cada dez gestações.

Os pesquisadores verificaram que as grávidas que tomaram aspirina ao despertar tiveram uma chance de 16% de desenvolver pré-eclâmpsia - índice semelhante ao verificado entre as mulheres que usaram placebo. No entanto, a equipe observou que apenas 2% das voluntárias que tomaram o medicamento ao deitar desenvolveram pré-eclâmpsia na gravidez.

Em uma pesquisa semelhante, feita com 78 pacientes com hipertensão, a equipe de Hermida mediu a pressão arterial dos voluntários durante 48 horas consecutivas antes e depois de os pacientes passarem três meses sob um dos três regimes de tratamento: dieta para reduzir a pressão; dieta associada ao uso de 100 miligramas de aspirina ao despertar; ou dieta e 100 miligramas de aspirina antes de dormir.

Após três meses, o grupo que tomou aspirina ao despertar não apresentou alterações na pressão sanguínea. Os voluntários que simplesmente seguiram as recomendações de dieta obtiveram uma pequena melhora na hipertensão. Já os pacientes que tomaram aspirina antes de dormir e fizeram a dieta conseguiram uma redução média na pressão sistólica - o registro superior na leitura da pressão - de 7.6 milímetros de mercúrio (mmHg) e uma queda média na diastólica - o número inferior - de 6.1 mmHg.

"É uma grande diferença", afirmou Hermida, ao comentar os resultados. Ele explicou que "algo simples" como mudar o horário de tomar a aspirina produz um efeito positivo sobre pressão porque o pico de ação da droga coincide com o momento em que ela é mais necessária.

O pico do efeito da aspirina ocorre de quatro a seis horas após a ingestão do medicamento, e o potencial de formação de coágulos das plaquetas é maior algumas horas antes do despertar de uma noite de sono, explicou Hermida. Além disso, os níveis da proteína angiotensina, responsável pela contração dos vasos e pelo aumento da pressão sanguínea, também tendem a ser mais altos nas primeiras horas da manhã.

"Basicamente estamos agindo no momento do dia em que todos esses fatores que aumentam o risco estão mais elevados", disse o pesquisador. Estudos anteriores avaliaram a possibilidade de a aspirina ajudar a evitar a pré-eclâmpsia, mas chegaram a resultados distintos. Segundo Hermida, as últimas pesquisas não consideraram o momento do ciclo do sono em que a aspirina foi ingerida, fato que poderia explicar os resultados aparentemente conflitantes.

Reuters Health

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