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REPORTAGEM
"Criminosos da natureza não vão para a prisão", diz Ibama
 
23 de maio
O Ibama mantém na Justiça atualmente mais de mil processos contra pessoas ou empresas que cometeram crime contra a natureza na região da Amazônia. Desse total, somente dois, até agora, resultaram em prisão, sendo que um criminoso está livre porque já cumpriu sua pena e outro está foragido.

"Criminosos da natureza não vão para a prisão. Um processo penal não assusta ninguém. Os madeireiros não deixam de fazer extração ilegal por causa de uma pena. A solução é quebrá-los financeiramente", diz José Leland, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama/AM. "Foi assim que conseguimos inibir a ação de várias empresas no ano passado", complementa.

No caso de Ercival Lobo, por exemplo, que é o dono do carregamento apreendido no rio Juruá, o desfalque financeiro deve passar dos R$ 160 mil. Além de uma multa de R$ 61 mil reais, gastará mais R$ 72 mil com o replantio que terá de fazer - a lei determina que a cada árvore retirada, outras oito têm de ser plantadas. Somam-se a isso o valor que arrecadaria com a venda da madeira - R$ 24 mil - e mais os gastos que teve com o material para transporte da madeira, que foram também apreendidos pelo Ibama.

Com ações como essa Leland acredita que o volume de madeira ilegal apreendida no Amazonas caia dos 80 mil m3 registrados no ano passado para cerca de 10 mil m3 este ano. "Mas a falta de investimento do governo em infraestrutura do Ibama, principalmente na área de fiscalização, pode fazer com que a quantidade de madeira ilegal produzida volte a crescer", alerta.

Cristina Bodas
Enviada especial à Amazônia
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