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REPORTAGEM
Empresa séria não sobrevive à Amazônia
 
17 de maio


A apreensão de 271 toras de madeira ilegal no rio Juruá é apenas um exemplo do que acontece em toda a Amazônia, onde o próprio governo admite que a madeira é extraída de forma ilegal em 80% dos casos. A ausência de um modelo econômico no setor florestal é a principal causa dessa estatística vergonhosa, na opinião de Paulo Adário, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace. "Se uma empresa quer ser séria e atuar dentro da lei, ela não sobrevive na região. Não tem como competir com essa máfia madeireira", disse.

A partir disso, o Greenpeace pretende, ao longo dessa campanha, lutar pela realização de um zoneamento econômico e ecológico da área, pelo aumento da fiscalização e pela obrigatoriedade da certificação nos produtos de origem florestal. "Ninguém compra carro roubado, por exemplo. Mas nós compramos madeira ilegal sem saber. É preciso uma campanha de conscientização e um processo de certificação para que todos possam saber a origem do que estão comprando", afirmou.

Entretanto, se um projeto de desenvolvimento econômico pode levar um pouco mais de tempo para ser implementado, alguns investimentos governamentais podem amenizar o problema em curto prazo. Investimentos em fiscalização, por exemplo. Para se ter uma idéia, o Ibama conta hoje com um terço de sua estrutura necessária: são 160 pessoas para cobrir uma área de quase 1,6 milhão de km2. Sua unidade de fiscalização, a Dicof, possui apenas 39 agentes de campo mal equipados, número que equivale a um agente para cada 40,5 mil km2 de floresta, ou seja, uma área do tamanho da Suíça.

Cristina Bodas
Enviada especial à Amazônia
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