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28 de dezembro de 2005
Grandes bancos concentram aplicações
Apesar da existência de um número cada vez maior de seguradoras no Brasil, a dinâmica da captação de recursos dos planos de previdência difere pouco da verificada nas demais aplicações tradicionais, como fundos de investimentos e poupança. Ou seja, a maior parte dos depósitos e do patrimônio dos fundos está concentrada nos grandes bancos. Em parte, esse processo deve-se à própria abrangência territorial dessas instituições e à capacidade de atrair os próprios clientes, que já possuem conta corrente, poupança e utilizam outros serviços financeiros. Assim, os gerentes desses bancos terão mais facilidade de aproximação com os clientes e serão bem-sucedidos em suas investidas.
A outra vantagem é a sensação psicológica de segurança que essas instituições tradicionais passam aos investidores. Sobretudo no caso da previdência, que é um investimento de longo prazo e demanda uma aparência mais sólida da administradora. Assim, será bem mais fácil o poupador iniciar o plano de aposentadoria em seguradoras de grandes bancos, como o Bradesco, do que em outras desconhecidas do público. Tendo em vista o passado turbulento do sistema financeiro nacional e episódios com bancos pequenos como o Marka e o Banco Santos, dentre vários outros, ainda existem restrições elevadas quando ao porte e a placa das instituições.
Para exemplificar, dos R$ 2,7 bilhões depositados em planos de previdência privada no quadrimestre de julho a outubro de 2005, mais de 80% do volume foi destinado a apenas três seguradoras ligadas ao Bradesco, Itaú e Banco do Brasil. O Bradesco liderou essa captação com 43,1% do total, ou R$ 1,15 bilhão, seguido pelo Itaú, com 23,9% dos depósitos e o BB com 13,2% dos aportes em fundos de previdência.
Ainda assim, é preciso acompanhar e comparar com atenção as taxas cobradas para ter certeza de que não será penalizado com altos custos de administração e de carregamento, além de taxas de saída, no caso da troca do plano.
(Da Redação do DiárioNet)
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