O funcionamento de cada câmera que capta imagens tridimensionais tem algumas diferenças. As empresas do setor têm feito equipamentos que variam muito na tecnologia usada para que seja feito esse tipo de imagens.
Existem as câmeras estéreo e as câmeras em profundidade. Segundo o pesquisador Wolfgang Stuerzlinger, da Universidade de York, no Canadá, as câmeras estéreo são um par de câmeras unidas, que juntam o mesmo zoom, foco, etc. Já as em profundidade, usam outros métodos para estimar a distância de cada pixel do equipamento. “No entanto, as câmeras em profundidade não enviam todas as informações corretamente para filmes tridimensionais”, pondera. Aas câmeras que gravam imagens tridimensionais são capazes de sobrepor imagens através de uma lente.
O mercado tem lançado diversas câmeras dirigidas para não-profissionais. A maior parte dos modelos de câmera 3D lançados em 2009 e 2010 faz a captação das imagens a partir de duas lentes e dois sensores. Elas são destinadas para filmagem e também fotos em três dimensões.
De acordo com o gerente geral de Digital Images da Sony no Brasil, Carlos Paschoal, a principal diferença é que as câmeras filmam a terceira dimensão. “As câmeras em 3D são capazes de fazer tudo que uma câmera comum faz, porém há a opção de filmar a terceira dimensão”, afirmou.
Quando o botão disparador de uma câmera em 3D é acionado, cada lente capta imagens da mesma cena, só que a partir de pontos de vista ligeiramente diferentes. As câmeras, então, geralmente armazenam as informações no formato MP (para imagens estáticas) e no formato 3D-AVI para filmes.
Em geral, as câmeras dispõem de dispositivo USB, além do acompanhamento dos óculos 3D. A capacidade de armazenamento por sua vez é de até oito gigabytes – que permite gravar até cinco horas de vídeo dependendo da definição. A maior quantidade de megapixels disponível é de 16 megabytes.
Em alguns modelos de câmeras há microfone, alto-falantes e saída HDMI para conexão direta às televisões adaptadas para a nova tecnologia. No caso das câmeras lançadas mais recentemente no Brasil, como as da Aiptek e Sony, a diferença é que a filmagem é feita através de apenas uma lente. Isso, segundo os fabricantes, facilita a portabilidade. “Dá pra carregar com muita facilidade”, diz Paschoal.