Das barcas à ponte

Até a década de 50, a travessia do lago Guaíba, que separa Porto Alegre da região sul do Rio Grande do Sul, era feita por barcas. As embarcações partiam da Vila Assunção, na zona sul da capital gaúcha, levando até o município de Guaíba cerca de 600 veículos e mais de mil pessoas por dia. Cada viagem demorava pelo menos 20 minutos, e as operações de embarque e desembarque tomavam outros 40 minutos.

A partir de 1953, as barcas já davam sinais de saturação, e começou a ser discutida uma alternativa ao sistema. Entre as possibilidades estavam uma ponte a partir da Vila Assunção, uma ponte ou túnel saindo da Ponta da Cadeia (na Usina do Gasômetro, região central da capital) e uma ponte que aproveitasse as ilhas do Guaíba - sendo esta a proposta vencedora.

O projeto foi elaborado na Alemanha, em 1954, e, após cerca de três anos de trabalho de mais de 3,5 mil operários, a Ponte do Guaíba foi inaugurada no dia 28 de dezembro de 1958, sendo a primeira das quatro pontes que compõem a Travessia Régis Bittencourt. Em 1962, o então governador gaúcho Leonel Brizola rebatizou o trecho como Travessia Getúlio Vargas.

foto: Concepa/Divulgação