Suzuki Minobu

Porto de Kitaibarak.

Minobu teve sorte: seu barco não foi arrastado. Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

“Se não receber ajuda da província, vou ter de procurar emprego em outro lugar”

"O pescador Minobu se considera um sortudo. Seu barco foi um dos poucos que o tsunami não jogou da água para cima dos piers do porto de Kitaibaraki. Mesmo assim, ele não poderá pescar pelos próximos meses, até que o porto seja consertado e tenha condições de receber os peixes. Por enquanto, quem trabalha na limpeza são os próprios pescadores, como ele. Com o ganha-pão ameaçado, ele já pensa em mudar de cidade e de atividade. Mas por enquanto, a prioridade é outra. “Tem gente aqui que perdeu tudo, mas está ajudando na limpeza. Alguns têm dívidas altas, pois um barco custa 6 milhões de ienes (aproximadamente R$ 123 mil). Nossa prioridade é arrumar tudo aqui, se não a situação não vai melhorar. Nosso instrumento de trabalho são as redes, então precisamos recolhê-las e separá-las, para ver de quem é. Acabamos de recuperar duas! Juntas, elas valem 1 milhão de ienes (R$ 20 mil).”

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