Akihiko Satoh

Cidade de Fukushima.

Por radiação, Satoh deixou sua casa. Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

“Não sabia bem para onde ir”

Ainda que sua casa não tenha sido afetada pelo tsunami que atingiu Minamisoma, e que esteja localizada fora do raio de 20 km considerado pelo governo japonês suscetível à contaminação por radiação, o contabilista Akihiko Satoh resolveu deixar a residência com a mulher, Jinko, os filhos Hitomi e Seya, e os pais, Nobushige e Suzuko, e dirigir-se a um abrigo público, onde os seis passam o dia em um ginásio escolar, dormindo no chão e comendo uma ração limitada. “Na semana passada, decidi me refugiar (dia 15). Quando saí de casa, não sabia bem para onde ir, e a prefeitura indicou este local (a escola Nishi, em Fukushima), que era seguro. Não havia ônibus, então viemos eu, minha mulher, meus filhos e meus pais, no meu carro. A gasolina acabou um pouquinho antes de chegar aqui, mas conseguimos chegar. Antes de vir, eu tinha uma imagem ruim do abrigo, mas chegando vi que não é tão ruim assim. Trouxemos cobertores, roupas íntimas e comida. O básico para sobreviver.”

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