Com a formação da Pangea, o supercontinente único no período Permiano (há 250 milhões de anos), a área continental superou, pela primeira vez na história geológica, a área oceânica. O resultado desta nova configuração global foi o desenvolvimento e a diversificação das faunas de vertebrados terrestres, concomitantemente com a diminuição das comunidades marinhas.

A fauna terrestre incluía insetos, anfíbios e répteis que evoluíram durante o Carbonífero, bem como o grupo dominante de vertebrados terrestres, os sinápsidos, grupo que serviu de transição entre os répteis e os mamíferos. A flora terrestre era predominantemente composta por gimnospermas, plantas como os pinheiros, em que a semente não fica no fruto. E a vida nos mares incluía braquiópodes (que vivem conchas, assim como os bivalves), peixes ósseos e tubarões. Corais e trilobitas (hoje extintos) ainda existiam, mas eram bem mais raros.

Mas algo fez com que a vida não fosse mais tão fácil no planeta. Acredita-se que até 96% das espécies que viviam nos oceanos desapareceram. As terrestres teriam sofrido um pouco menos, mas estima-se que em torno de 70% desses seres tenham desaparecido (número não consensual entre cientistas).