Da direita para esquerda; as alianças 'sem preconceito' do PSD nas capitais

Angela Chagas

Criado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, em 2011, o Partido Social Democrático (PSD) faz seu primeiro teste nas urnas nas eleições municipais de outubro e já confirma o primeiro desafio: conquistar o maior de número aliados - de preferência, coligando com os partidos que já detêm o poder nas principais cidades. "Não temos preconceito contra nenhuma sigla e não vetamos nenhum apoio". É assim que o líder da bancada na Câmara Federal, Guilherme Campos (SP), define como o partido vai se posicionar ao formatar as coligações.

A única preferência que o PSD parece ter é por coligar com partidos que já estão no comando das prefeituras e buscam a continuidade no Executivo municipal. De acordo com levantamento do Terra , das dez capitais com maior número de eleitores, o PSD deve apoiar sete candidatos da situação, enquanto em duas - Porto Alegre (RS) e Belém (PA) - a sigla tende a engrossar as fileiras da oposição. Entre essas capitais, apenas Manaus deve ter um candidato a prefeito da própria sigla. Em Salvador, coligação liderada pelo PT, à qual o PSD deve aderir, ainda pode conquistar a adesão do atual prefeito, do PP.

Segundo representantes do partido, os líderes estão livres para fazer alianças com qualquer partido, sem nenhuma restrição. Questões ideológicas estão fora do debate, o que vale são os interesses comuns. A orientação representa bem a posição de Kassab quando anunciou a criação do PSD: o partido "não será de direita, não será de esquerda, nem de centro".

Com alianças que vão desde os progressistas, socialistas e até comunistas, veja o caminho do PSD nas eleições municipais.