Melissa Bulegon

Instalada no dia 25 de abril de 2012, a CPI do Cachoeira ainda tem muito trabalho pela frente. As investigações sobre o envolvimento de parlamentares, autoridades e empresas públicas e privadas com práticas criminosas - desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal - estão
longe de terminar.

As tentativas de desvendar o esquema Cachoeira-Delta têm esbarrado, principalmente, no uso do "direito de permanecer calado" dos envolvidos. Além disso, governistas e membros da oposição estão receosos por "respingos" que uma apuração mais aprofundada possa causar. Mesmo a passos lentos, membros da CPI têm trazido à tona novas denúncias.

Segundo levantamento parcial da comissão, as empresas de fachada montadas para acobertar o esquema teriam movimentado cerca de R$ 400 milhões.
Um diagnóstico que, para alguns, já é suficiente para considerar a rede criminosa Delta-Cachoeira como o maior esquema de corrupção e desvio de recursos públicos da República. O desafio, agora, é desvencilhar os nós e avançar nas descobertas contra Cachoeira e, principalmente, a construtora Delta.