Durante a apuração da Operação Monte Carlo foram colhidos indícios que os operadores da exploração ilegal de jogos de azar na região do entorno do Distrito Federal utilizavam contas bancárias de pessoas jurídicas para o recebimento e movimentação de valores supostamente relacionados às atividades ilegais. Dentre as quais, pode-se destacar, as empresas Brava Construções e Terraplanagem Ltda, Alberto & Pantoja e JR Prestadora de Serviços, Construtora e Incorporadora Ltda.

A investigação da Polícia Federal aponta que Francisco de Assis Oliveira é o principal “arrecadador” de pessoas que servem de laranjas para a abertura de empresas de fachada no esquema do Deltaduto. Na conclusão da PF, Oliveira operava com a ajuda de um grupo de empresas fantasmas que forneciam notas fiscais simulando a prestação de um serviço que não teria sido realizado.

No endereço de Anápolis (GO) onde funcionaria a sede da JR Prestadora de Serviços, a polícia apreendeu pen-drive e HD com arquivos que, de alguma forma, estão relacionados às empresas-laranjas da máfia. Uma conversa por e-mail no material, entre Adriano Aprígio, cunhado de Cachoeira, e Oliveira, mostra que a aproximação entre o "citricultor" e a Delta teria ocorrido em 2010. Coincidentemente, a partir desse diálogo, Geovani Pereira da Silva, contador do bicheiro, passou a figurar como procurador da JR Prestadora de Serviços Ltda e da Brava Construções Ltda.

Outra troca de e-mails demonstra que, além de Adriano Aprígio, Oliveira também tinha relacionamento com outro membro do esquema: Gleyb Ferreira da Cruz, suposto braço direito do esquema.