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"Panelaços" argentinos ecoam em Porto Alegre

Domingo, 03 de fevereiro de 2002, 11h18


Os panelaços de protesto que soam na Argentina continuam ecoando no Fórum Social Mundial, que viu nesse país o melhor exemplo das doenças encarnadas pelo capitalismo e pelo neoliberalismo "selvagem".

O fórum contra a globalização de Porto Alegre, que se apresenta como a outra face da moeda representada pelo Fórum Econômico, que este ano se mudou da cidade suíça de Davos para Nova York, tem acompanhado de perto a situação da Argentina.

Os "panelaços" soaram pela primeira vez em Porto Alegre na quinta-feira passada, na grande passeata de inauguração do Fórum Social. Desde então, não se calaram.

O último "panelaço" ocorreu no sábado, quando centenas de militantes dos partidos argentinos Esquerda Unida e Operário fizeram uma manifestação no centro da cidade.
Ao protesto argentino se juntaram centenas de brasileiros e muitos dos ativistas contra a globalização que chegaram ao Fórum Social vindos de 150 países.

Na manifestação, tanto o presidente argentino, Eduardo Duhalde, como os juízes da Corte Suprema, e a classe política em geral, foram tachados de "corruptos", "ladrões" e "populistas".

A presidente da Associação de Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, denunciou por um alto-falante que o que está acontecendo em seu país é responsabilidade dos "políticos ladrões" e dos "juízes corruptos".

Um dia antes, a Corte Suprema de Justiça argentina declarou inconstitucional o "corralito" financeiro, como é chamado na Argentina o confisco parcial dos depósitos bancários.

Enquanto essa manifestação sacudia o centro de Porto Alegre, na Pontifícia Universidade Católica, sede do Fórum Social, os 300 congressistas da América e da Europa reunidos no Fórum Parlamentar Mundial manifestavam preocupação com a situação da Argentina.

A parlamentar portuguesa Ilda Figueredo chegou a dizer que a recessão econômica argentina é "o melhor exemplo" que existe no mundo das desgraças que os países que se entregam ao "neoliberalismo selvagem" sofrem.

Segundo ela, "é necessário um governo diferente e um apoio diferente para que os argentinos tenham a vida digna que o Fundo Monetário Internacional tirou deles".

Outros parlamentares falaram sobre uma ajuda "real" e "concreta", e aprovaram uma declaração de apoio à
Argentina.

No entanto, a Argentina não foi apenas preocupação, protesto e crise no Fórum Mundial Social, que reúne em Porto Alegre cerca de 60.000 ativistas contra a globalização, segundo números divulgados neste sábado pelos organizadores.

Na madrugada de hoje, a Argentina também foi muita música, e da boa. A banda "Los Pericos" e o cantor Fito Páez se apresentaram no Anfiteatro do pôr-do-sol, centro de reunião dos ativistas contra a globalização quando terminam os debates.

EFE

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