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Paz mundial e crise argentina dominam agenda do Fórum

Terça, 29 de janeiro de 2002, 13h26


A luta pela paz no mundo depois dos atentados contra os Estados Unidos e a análise de alternativas ao neoliberalismo são os temas dominantes às vésperas da abertura do 2º Fórum Social Mundial (FSM), na cidade de Porto Alegre.

O ex-presidente socialista de Portugal Mário Soares (1986-1996) convocou ontem, na abertura do Fórum de Autoridades Locais, primeiro dos grandes eventos paralelos ao FSM, a considerar a data de 11 de setembro um momento de reflexão para a construção de uma nova ordem internacional e para alcançar uma "globalização com face humana (...) O mundo neste início de século nos coloca em uma encruzilhada decisiva, que nos impõe escolhas claras e solidárias. Os acontecimentos trágicos de 11 de setembro sublinharam esta situação dramática. Continuamos no mesmo rumo ou aproveitamos a oportunidade para construir uma nova ordem internacional?", questionou, marcando o tom do debate.

O fracasso da estratégia econômica escolhida pela Argentina a partir dos anos 90 - encorajada por órgãos financeiros multilaterais, que a consideravam uma aluna modelo - e a crise social profunda que atinge aquele país, convulsionado por protestos permanentes de todos os setores e atores sociais, serão as questões econômicas centrais desta edição do FSM.

Os participantes do evento apontam para o Fundo Monetário Internacional e para o Banco Mundial na hora de procurar responsáveis pela crise na terceira economia latino-americana. Como mostrou o prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, ao assinalar ontem que parte da responsabilidade pela crise econômica argentina é das entidades financeiras: "A Argentina seguiu as receitas que foram impondo os órgãos multilaterais de crédito. (...) Vendemos as empresas (públicas) e fomos financiando déficit com o que saía dessas contas. Tínhamos que abrir a economia, abrimos e entramos numa competição feroz", que gerou "a destruição da economia nacional (e) a desindustrialização de muitos setores", sustentou.

Além das grandes conferências programadas (27, segundo a organização) e dos debates previstos, os participantes farão duas passeatas pela capital gaúcha. A primeira, no dia da abertura do FSM, será pela paz mundial e antecipa a Assembléia Pública Mundial (3 de fevereiro), cujo objetivo é oferecer propostas para recanalizar os US$ 800 bilhões que, segundo os organizadores, destinam-se anualmente a gastos de guerra.

A segunda, anunciada nas ruas de Porto Alegre, será um protesto contra o projeto incentivado por Washington de alcançar a Área de Livre Comércio das Américas em 2005.

A polícia local aumentou o dispostivo de segurança em relação ao Fórum do ano passado, e quase triplicou em relação ao normal o número de efetivos por turno, assinalou à AFP o coronel Ilson Pinto de Oliveira.

AFP

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